Saturday, June 26, 2010

Ligações Do Islão Ao Nazismo (5)


Tariq Ramadan no livro The Roots of the Muslim Renewal destacava, e grandemente admirava, a pessoa de um académico muçulmano de nome Yusuf al-Qaradawi, o autor de Islamic education and Hassan al-Banna, que como já dissemos, avô do muito celebrado na comunicação social dhimmi, Tariq Ramadan. No mundo dos islamistas e dos jornalistas ocidentais como aqueles que escrevem no Público, Qaradawi é tido como o moderado dos moderados. No entanto, al-Qaradawi é também reverenciado, não só pelo seu academismo mas seguramente também pela sua fidelidade ao pensamento político de al-Banna. Este escolástico muçulmano dirigiu mesmo as cerimónias fúnebres de Said Ramadan, pai de Tariq.

Al-Qaradawi é também famoso pelas suas aparições na televisão árabe Al Jazeera. Numa destas emissões, em Janeiro de 2009, transmitida pela MEMRI, Midle East Media Research Institute, Qaradawi alargou-se no tópico dos Judeus. E disse: “Através da história, Alá impôs aos judeus pessoas que os puniriam pela sua corrupção. A última punição foi levada a cabo por Adolf Hitler. Por tudo o que Hitler lhes fez, conseguiu pô-los no lugar que eles merecem.” E que lugar será esse? pergunto eu. Os campos de concentração, presumo. Estas frases que sugerem que Hitler fez o trabalho de Alá na oratória de Qaradawi, não surgem de um pequeno canto esconso e pouco conhecido do Corão. Pelo contrário, é central na mensagem punitiva aos não-muçulanos com particular destaque para os judeus. Por outro lado, as televisões em língua árabe, são hoje os equivalentes, na sua disposição arabista militante, às rádios que emitiam em ondas curtas dos anos trinta e quarenta que difundiam a propaganda Nazi.

Pode Hitler ser apresentado como um novo profeta, ultrapassando a importância de Maomé, mesmo se o Islão refere este como o derradeiro profeta? Teria sido garantida a Hitler uma nova revelação divina, como aconteceu com os profetas do passado? E que tal apresentar Hitler aos Xiitas do Irão como um mahdi xiita? Hitler como o 12º Imam?

Uma coisa me parece certa. Do ponto de vista da tradição apocalíptica, Hitler foi considerado por alguns, como o segundo Anti-Cristo. Terão as posições negacionistas do Holocausto confessadas, por muitos muçulmanos em geral e pela nomenclatura teológica iraniana em particular, só intenções propagandísticas para consumo interno, ou vão mesmo mais longe? Terão a ver com a assunção mais ou menos contida de que Hitler prosseguiu uma missão divina e por esta razão a questão do Holocausto não se coloca? Pela ferocidade com que garantem a destruição de Israel, esperarão a vinda de um novo e mais feroz Hitler-profeta para eles, e terceiro Anti-Cristo para nós?

Na Síria no início dos anos 40, os ideólogos do movimento Baath – o braço do arabismo que mais de perto segue o modelo fascista europeu, prosseguiu uma doutrina política própria, que poderia ser descrita como pós-islão: uma nova ideologia que se fundava na antiga tradição islâmica, enquanto desenvolvia uma moderna mística, nacional-socialista, revolucionária e anti-semítica praxis. O Baatismo prosperou como doutrina com futuro, tendo atingido o expoente com Saddam Hussein e Afhez al Assad, dois ditadores fascistas impiedosos, que multidões de idiotas úteis da esquerda europeia apoiaram em massivas manifestações contra a intervenção dos EUA no Iraque, demonstrando claramente que a fusão do Islão com o Nazismo, é facilmente digerida pelas elites políticas europeias, permitindo-lhes uma escapatória para o anti-semitismo tradicional europeu. Apoiando-se o Islão, apoia-se o antí-semitismo nazi-fascista camuflado, sem se tornar óbvio e evidente.

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