Tuesday, January 29, 2008

Europa: A Bela Adormecida (4)

Apesar da retórica do multiculturalismo do mainstream político europeu a verdade é que os imigrantes islâmicos continuam em viver em ghettos (que funcionam como colónias). Tomemos por exemplo, Amsterdão. Comparemos o seu Centrum com o Oud West. O contraste é notável. Em qualquer dia da semana, as ruas da baixa estão repletas de gente - mas a menos que estejam numa paragem de tram ou numa rua comercial com lojas baratas, como é Nieuwezijds Vooburgwal, dificilmente encontarão uma mulher envergando hijab. Na verdade, se viverem em Amsterdão e nunca deixarem o centro, podem até esquecer que o Islão existe. Basta percorrer os canais de Grachtengordel, com as suas típicas casas de tijolo alinhadas, plenas de nativos holandeses e turistas. No entanto, se tomarem um tram ou o metro, em qualquer direcção e saírem algumas estações à frente, o cenário muda, confrontar-se-ão com uma realidade completamente diferente.



Os subúrbios de Amsterdão são tão feios como o seu Centrum é belo. No sudoeste, uma área onde se pode olhar para qualquer direcção que nada mais se vê do que uma infindável vista de monstruosidades de cimento, separadas por alinhamentos de relva e ligados por uma linha elevada de comboios. Vagas de pessoas movimentam-se entre os edíficios. A maioria, senão mesmo a totalidade envergam burqa. Sinais em árabe e carrinhos de bébe proliferam. Aqui já não estaremos na Europa mas na Eurábia. Encontraremos este cerco em muitas outras cidades europeias.

Sunday, January 27, 2008

Carreiristas


A maioria dos políticos europeus começam as suas carreiras em juventudes partidárias nos bancos do liceu. Na maioria dos países desta velha Europa, o sistema político funciona como um clube privado. Durante o "estágio", o jovem político aprende "nas jotas", a ser um futuro membro da numenclatura. Aprendem de tudo, desde os fatos que devem vestir para as diversas ocasiões, aos restaurantes que devem frequentar. Aprendem a dar respostas evasivas a perguntas difíceis e delicadas. Aprendem a ser leais aos seus colegas de clube e a desdenhar como "populistas" todos aqueles que prestem demasiada atenção às opiniões da "populaça". Aprendem sobretudo, em não se considerarem servidores públicos, mas sim como a "nata" da sociedade, protectores e professores do povo. Se, seguirem tudo isto à risca, com ambição, podem aspirar a uma carreira como políticos de sucesso, ganhando eleições, perfilando-se depois, para prémios de prestígio de meia e fim de carreira, consoante os casos e os lugares vagos, quer na burocracia da UE, quer da ONU. Serão então aplaudidos como brilhantes pelos seus pares da elite social, nas academias abrir-se-ão portas a vários doutoramentos Honoris Causa, e a imprensa extasiada pela partilha dos mesmos dogmas, extasiada pela cívica compreensão de tomarem parte da mesma função, de preservar as elites no poder, para que aquelas possam continuar a guiar o povo, década após década, nas mesmas linhas de pensamento, nas mesmas receitas e mezinhas, acerca da brilhante visão dos líderes europeus e da idiotice americana. Faz tudo parte, de resto, do grande e longo legado da tradição feudal europeia.

Friday, January 25, 2008

Europa: A Bela Adormecida (3)


Burger King ou Burqa King? Há já quem chame à Europa, Eurabia. Hmm, já estamos a ver os multiculturalistas a chamar a isto ”um exagero islamofóbico so so right-wing.”. Digamos que os utilizadores do termo são antes pessoas preocupadas e incapazes perante alguns factos de alguma destas duas atitudes: a) bater palmas b) encolher os ombros. Mostrar sinais de contentamento ou nem sequer pensar mais no assunto quando Mohammed é o mais popular nome de bebé em grande parte da Europa, quando em Oxford a mesquita central reclama o direito a um muezzin para a chamada à oração, quando um condutor de autocarro belga é espancado até à morte por um grupo de jovens marroquinos, quando um realizador holandês é assassinado em Amsterdão por um extremista islâmico, quando nos subúrbios de Paris actuam livremente gangs de violadores árabes, quando em Linz, na Áustria, os muçulmanos pedem que todas as mulheres professoras, crentes ou infiéis, usem lenços na sala de aula, quando em Sevilha o Rei Fernando III, deixou de ser o santo patrono da festa anual porque o seu “ currículo” de luta contra os mouros pela independência de Espanha foi tido como passível de ofensa aos muçulmanos. Podíamos citar milhares de exemplos, retirados da realidade da Europa … ou será que devemos antes dizer Eurabia?

Europa: A Bela Adormecida (2)


O multiculturalismo contemporâneo dispensa cada um de saber qualquer coisa sobre as outras culturas desde que o seu comportamento face a elas seja caloroso e concordante. Afinal, se é completamente errada a afirmação de que uma cultura é melhor do que outra porque preocuparmo-nos em saber algo acerca das diferenças? Celebrar a diversidade com uma uniformidade de ignorância, é o lema. Talvez seja por isso que não se tenham dado conta de que o Islão não é só uma religião. È um projecto político e de facto um projecto com características de expansão imperialista e com o seu próprio código legal. Além do mais esta religião particular é historicamente um tanto ou quanto “ bloody violent”.
So let’s face it! Temos um movimento terrorista global situado dentro dum projecto político situado dentro duma religião altamente auto-segregadora cujos aderentes são a força mais rápida de crescimento demográfico no mundo actual.

E os políticos europeus? Estão concentrados nas suas futuras carreiras políticas, para poderem integrar essa organização filo islâmica que se chama ONU, ou UE, facilitando a islamização da Europa. Portanto não convém fazer ondas. Claro que toda uma civilização milenar como a europeia é descartável. Os seus percursos políticos são bastante mais prioritários.

Sunday, January 20, 2008

Europa: A Bela Adormecida (1)

O radicalismo islâmico vem destruindo o ocidente, metodicamente, há, pelo menos, três décadas. Contudo, poucos cidadãos, têm esta percepção ou fingem não ter, e não ver. Porquê? Porque é que os jornais e os noticiários escondem a dimensão de tal ameaça? Porque é que as pessoas nas cidades europeias não se sentem confortáveis em discutir algo que esteja relacionado com a imigração islâmica, e que diz respeito imediato à maneira como vivem? As respostas a estas questões residem no multiculturalismo férreo que impregna e regula a mentalidades dos políticos, dos media e dos meios académicos europeus. A tal fenómeno, chamemos, de sistema multicultural, só para nos entendermos. Tal sistema exerce um enorme controle nas notícias e opiniões que vêm (ou não) a público. Trata-se portanto de ideológica filtração de ideias, realizado, nas redacções dos jornais e nos corredores da política europeia. Censura talvez!? De facto, o jornalismo político na Europa está inclinado, senão mesmo enviesado, em olhar os políticos europeus como pares, isto é, como colegas de uma elite educada que conjuntamente trabalham para manter os seus partilhados ideais sociais-democratas. Se os jornalistas americanos estão sempre, admiravelmente, prontos a "pintar" os políticos americanos como incompetentes e rascas, os jornalistas europeus estão sempre, admiravelmente, prontos a "pintar" os políticos europeus como nobres estadistas - a elite brilhante, nas palavras de Tony Judt.

Saturday, January 19, 2008

A Fácil Vida dos Ecologistas Radicais




O artigo de opinião de Henrique Monteiro, do post anterior, é naturalmente bem vindo para quem como eu vê o mundo ocidental a ruir devido, aos 4 novos cavaleiros que pedem meças aos 4 outros montados dos fins dos tempos: serão eles então, o fanatismo ecologista, o relativismo cultural, multiculturalismo e o fanatismo religioso.
Em jeito de complemento, acrescentaria as seguintes considerações:
- Para além da demagogia dos autarcas, penso que em grande medida é a ignorância de conceitos ciêntíficos que os move.

- Distinguir entre ambientalistas radicais e moderados ou realistas, é uma tarefa árdua. A linha que os separa é ténue.

- Para além de não serem eleitos, não são também do conhecimento público os seus financiamentos. É urgente começarem a publicar as suas contabilidades para conhecimento público.

- Os jornais e jornalistas não são só culpados nos seus enormes tempo de antena como são cúmplices nalguns casos. VEJA-SE A HISTERIA ACERCA DO AQUECIMENTO GLOBAL E DO BURACO DO OZONO.

- Pouca coisa temos a agradecer a estes senhores. A consciência ecologista que hoje felizmente a maior parte das pessoas tem, não se deve só à acção de ecologistas, mas de professores e cientistas ( entre outros) que estão a milhas de se considerarem ou serem considerados ecologistas. Não é necessário ser ambientalista para se respeitar a natureza.

A Difícil Vida dos Ecologistas Radicais



Henrique Monteiro, no Expresso de hoje, 19 de Janeiro de 2008, escreveu um curto mas certeiro artigo sobre os ecologistas. Parece que algumas pessoas começam a reparar nas falácias, e no oportunismo destes senhores. Welcome aboard gentlemen!

Transcrevo algumas passagens do artigo de opinião sem prejuízo de lhe alterar o sentido.

" O debate sobre a co-incineração foi um dos mais tristes que existiram em Portugal. (...). Que as populações, com mais ou menos informação, tenham reacções destas é compreensível. Que autarcas (e mesmo direcções de alguns partidos) os acompanhem é deveras preocupante, mas um país tem de estar preparado para ter políticos demagógicos. Porém, quando alguns ambientalistas - sempre os mais radicais na defesa da nossa qualidade de vida - preferem que os resíduos perigosos estejam abandonados a céu aberto a que sejam co-incinerados numa cimenteira cujos filtros melhoram o ambiente, é caso para perguntarmos a que se deve tão estranha posição.

Muitas vezes ( e é bom que se desfaçam certos mitos de que ninguém fala), a posição destes ambientalistas visa apenas preservar o seu próprio grupo e os seus rendimentos. Não digo que sejam todos iguais, ou todos oportunistas, mas gente assim não falta por aí. Para esses, o que está em causa é o célebre "estudo de impacto ambiental", porque esses estudos (bem pagos) são, as mais das vezes, feitos por pessoas ligadas aos próprios movimentos ambientalistas.

Estes movimentos, que já têm lugar nas comissões de acompanhamento de grandes obras (às quais têm por hábito faltar bastante), são os mesmos que nos impingiram passagens superiores para lobos, túneis para sapos, suspensões de enchimentos de barragens por causa de cegonhas e outras coisas ridículas, mas caríssimas. Curiosamente, raramente se houve qualquer proposta positiva. Apenas críticas. (...)

E ninguém os responsabiliza, porque não são eleitos, mas têm um enorme e acrítico tempo de antena (uma coisa de que a comunicação social é culpada).

É tempo de deixarmos de ser reféns desta espécie de chantagem politicamente correcta de que alguns "ecologistas" se aproveitam.

Se há muitos alertas ambientalistas que temos que agradecer e louvar, há igualmente inúmeros procedimentos destas associações que apenas têm por base interesses mesquinhos.

Ecologia: A Evangelização ecológica (5)



O caso do DDT

A história do DDT mostra como é que os valores dos ambientalistas se tornaram imorais deixando de atingir um razoável equílibrio entre as preocupações pela vida animal e as preocupações pela humanidade. Como já dissemos anteriormente, foi Rachel Carson que propagandeou os perigos do DDT. No entanto, não existiu um único estudo que mostrasse que a exposição ao DDT prejudicasse a saúde.
Por outro lado, o DDT é um dos meios mais eficientes de prevenção de doenças que já existiu, uma vez que, consiste no método mais eficaz de matar os mosquitos, prevenindo assim, a transmissão da malária. No início dos anos 60, a malária foi extinta nos países do sul da Europa, das Caraíbas do este e sudoeste asiático. No Sri Lanka, por exemplo, só foram declarados 31 casos de malária em 1962, 17 em 1963, mas mais de um milhão de casos em 1968 depois da proibição da utilização do DDT. No relatório de 1970 da US National Academy of Sciences, foi demonstrado que o DDT poupou 50 milhões de vidas à malária.
Propõem-se entretanto, sistemas "amigos do ambiente" para combater os mosquitos, que incluem a utilização de árvores repelentes de mosquitos, peixes que comem as larvas dos mosquitos, mas a experiência destes sistemas provou que não são funcionais. Em meados dos anos 90 a África do Sul desistiu de usar DDT passando a utilizar piretrinóides (compostos químicos semelhantes aos produzidos naturalmente pelas flores), e os casos de malária naquele país aumentaram exponencialmente uma vez que os mosquitos se tornaram facilmente resistentes a este químico. Pragmáticos, os sul africanos regressaram ao uso do DDT e a incidência da malária baixou 75% apenas em dois anos. Para além de ser mais efectivo, o DDT é muito mais barato que estes produtos "amigos do ambiente". No entanto, apesar destas eloquentes demonstrações do benifício do DDT, as agências de ajuda humanitária recusam a financiar programas para erradicar a malária pela utilização do DDT, em países como o Uganda e quer a UE, quer os USA deixariam de exportar pesca e bens agrícolas se o governo ugandês persistisse na utilização do DDT. A reacção ao DDT é um dos triunfos das políticas "salvadoras do planeta" sobre a ciência, prevenção da doença e da mortalidade no terceiro mundo. O mesmo aconteceu com o escandalo do amianto. Estas políticas de salvação do planeta já causaram milhões de mortes por todo o mundo. Se a proibição do DDT se tornar global, será uma vitória para a "boa" consciência dos países ricos, invocada ao arrepio dos factos, e á custa das vidas das populações dos países pobres.
Hoje em dia, ninguém advoga o regresso ao DDT, como insecticida, porque existem melhores meios de combater este tipo de pragas através de culturas geneticamente modificadas, mas infelizmente os ambientalistas também estão contra.

Monday, January 7, 2008

Ecologia: A Evangelização ecológica (4)


Carson, previu que o DDT causaria cancro nos seres humanos, alegação esta que a organização World Wildlife Fund subscrevia partindo, naquela altura, para uma campanha pela proibição total do uso do DDT. Rachel Carson afirmava que existia também uma estreita correlação entre o DDT e o número crescente de hepatite na população. E escreveu:"For the first time in human history, every human being exposed to contact with dangerous chemicals from conception until death". (Rachel desconhecia das suspeitas que a queda do Império Romano esteja intimamente relacionado com a intoxicação progressiva e geral da população pelo alumínio.) A relação entre o cancro e o DDT nunca, contudo foi provada. A esta conclusão chegou a National Academy of Sciences, dos Estados Unidos num relatório para a Environmental Protection Agency, no seguinte teor: "The chronic toxicity studies on DDT have provide no indication that the insecticide is unsafe for humans".

Desde cedo, o movimento ambiental mostrou uma procupante inclinação em considerar a ciência e a tecnologia não como aliados, mas como inimigos. Muitos dos primeiros ecologistas olhavam para a Idade Média com nostalgia, supondo eles, que nessa época existia uma harmonia de facto entre a sociedade e a natureza, olhando, portanto, o nascimento da ciência como o começo de uma era mecanicista, de rapina e destruição da natureza. Carson via a ciência e a tecnologia como actividades perigosas, porque, dizia ela, fazia parte importante do erro da humanidade em querer controlar a natureza. " The control of nature is a phrase conceived in arrogance, born of the Neanderthal age of biology and society, when it was supposed that natures exists for the convenience of man". Como se verifica, desde os primeiros passos que o movimento ambientalista abraçou todos os elementos básicos que caracterizam o eco-fundamentalismo actual:

a) exagero acerca da destruição da natureza e da saúde humana (o que é espantoso para quem não tem uma perspectiva antroprocêntrica da vida!) não sendo de todo suportado pelas evidências empíricas.

b) rejeição da ciência moderna e da tecnologia porque se destinam a controlar a natureza (curioso para quem quer controlar o clima pela não emissão de CO2!)

c) "return to nature", isto é, fervores, clamores e hinos ao regresso à natureza. (naturalmente utópico!)

d) Identificação da ciência e da tecnologia com o capitalismo e o lucro (desactualizado porque o que hoje temos é um eco-capitalismo furioso, manipulador, discrimanatório e cada vez mais opressivo da liberdade individual. O capitalismo rendeu-se à ecologia porque o dinheiro em jogo e a facilidade de manipulação da opinião pública com as questões de defesa do ambiente e da natureza, estão a render biliões de euros).

Saturday, January 5, 2008

Smoke will tear us apart


Ao dobrar das doze badaladas nesta passagem de ano lembrei-me da história da Cinderela. Não porque tivesse perdido uma bota ou porque o champanhe alemão me tivesse subido à cabeça e visse carros transformados em abóboras, foi antes um sabor amargo na boca ao pensar que daí em diante nada seria igual. Como fumador pertencia agora ao grupo dos proscritos, empurrados para as esplanadas gélidas, atarantados num aeroporto em busca de uma área de fumadores inexistente, impedidos de prolongarem o jantar no restaurante da sua escolha, olhados, mesmo na rua, com reprovação. Era o adeus aos bares e clubes em que o fumo era uma nota do ambiente. Apeteceu-me trautear o "Over The Rainbow" “ e exclamar para qualquer canídeo de luxo berlinense, "we are not in Kansas anymore”. Mas talvez já não seja cool. Os Joy Division ressuscitados pela mão de um fotógrafo da moda num filme muito falado são o novo cool. Mas a angústia cinzenta a que Ian Curtis deu voz, em clubes inundados de fumo, não penetra as pistas de dança. Sobra apenas a estética. Uma estética também cool, muito clean, pretensamente zeitgeist, em que a decisão dos momentos de prazer individual deixa de pertencer á esfera do sujeito transferida para decisões do estado, tomadas em nome dum duvidoso bem estar colectivo. Na primeira utopia negra da literatura deste século, o livro “ Nós” de Ievgueni Zamiatine, escrito em 1920 na antiga URSS, a personagem principal fica vivamente perturbada pela visão de alguém que fuma e bebe e diz-lhe. “ Deve concerteza saber que o Estado Único não tem contemplações com os que se envenenam com nicotina e principalmente com álcool…”
Visionário. Não?
Há de repente qualquer coisa de revolucionário no acender dum cigarro, a rejeição dum mundo asséptico, a resistência ao “ clean and cool”.
Smoke will tear us apart…