O Met Office (MT), o instituto de meteorologia inglês, devia ser distinguido por Sua Majestade, com uma medalha de cortiça pela incompetência prestada ao reino. Os erros são recorrentes, mas este ano, o caso torna-se mais sério, pois os senhores, talvez condicionados pela ideologia do aquecimento global de que são dos principais cultores no Reino Unido, previram um Inverno suave e ameno. Como se vê, o que nos está a acontecer cá pela Europa é o pior Inverno em 100 anos.
A cretinice climática infelizmente não é só apanágio de alguns técnicos da meteorologia inglesa. Atarantados com tal dose polar de frio, os warmers de todas as geografias vêm agora tentar convencer-nos, através da sempre colaboradora imprensa mainstream, que afinal o frio deve-se ao calor, isto é, os invernos estão mais frios porque faz mais calor. Estou convicto que Alice, mais conhecida por Rui Tavares, especialista em Tudologia, vem na Segunda-Feira, confirmar num jornal diário, onde discorre umas larachas esquerdisto-libertárias, que, afinal o barbeiro cortante que se faz sentir, é a prova provada do aquecimento global provocado pelo capitalismo, pela direita política internacional em geral e pelos Neo Cons em particular, pelo nefasto inesquecível GW Bush e pelos pequenos mafarricos dos israelitas.
Brincadeira á parte, os tipos do Potsdam Institute for Climate Impact Research na Alemanha, embrenhando-se no mundo informático em salas com o ar condicionado ligado a topo, calcularam nos seus computadorzinhos de estimação, que afinal, este frio estava desenhado pelos modelos informáticos. Só que eles ainda não tinham reparado bem na coisa, isto é nas evidências digitais. Argumentando que se mais gelo se fundir a Norte da Noruega e na Rússia, liberta-se mais calor para a baixa atmosfera ártica, empurrando assim as massas de ar árticas para o Sul em direcção á Europa Central. Esta explicação peregrina não comporta qualquer outro tipo de desenvolvimento científico ou especulativo, como seja por exemplo, quais as quantidades de fusão de gelo seriam necessárias para que o calor produzido influenciasse a dinâmica atmosférica. Pura magia portanto.
Outro azar desta "esplicação" está no facto das zonas onde estes senhores esperavam ar rasteiro mais quente, estarem atafulhadas de neve e gelo até dizer chega. Se não fosse suficientemente grave os dados observáveis não caberem dentro da teoria do aquecimento global, diferentes técnicos (recuso a chamar-lhes cientistas) daquele instituto entraram em contradicção total, para pasmo da opinião pública alemã. Assim, o sr. Vladimir Petuchov explicou às massas médias ignaras que os Invernos duros não refutam o aquecimento global mas pelo contrário confirmam-o. Já para o sr. Stefan Rahmstorf num artigo intitulado, Hard Winter Not a Sign of Climate Change, defendeu que o aquecimento global provoca Invernos mais amenos. Fazendo então a média de opiniões destes dois partidários da teoria do aquecimento global, poderiamos concluir que vamos passar a ter Invernos rigorosos mais quentes. Estão a ver bem a coisa? Estes tipos nem sequer acertaram a história previamente. Na Terça-Feira passada, uma conferência de imprensa no Instituto de Potsdam acabou num caos total de explicações mal amanhadas.
É caso para concluir como fez Jared Olar do Echo-Pilot.com: „An idea may be true, but if it is incapable of being ‘falsified’ or proven wrong, then whatever else that idea is, it certainly isn’t science.”
Não, não foi Alice que caiu no País das Maravilhas. Foi o País das Maravilhas que caiu sobre nós.
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