Seis anos de governo de Sócrates mostrou que este indivíduo é capaz de tudo o que seja indigno de um sistema político democrático da Europa Ocidental.
Em apenas 24 horas, o tiranete das beiras, é capaz de mudar 180 graus ao seu discurso político, e apresentá-lo aos portugueses e á comunicação social, aliás dócil, com a mesma convicção e agressividade com que na véspera afirmava exactamente o contrário. Só um facto é constante do seu discurso…a culpa é sempre dos outros. Em seis anos, este Primeiro-Ministro, colocou o país, talvez na maior crise económico-social de que há memória.
Nos primeiros 3 anos de governação, culpou sempre o anterior governo do PSD e as corporações para legitimar um ataque feroz à classe-média, digno de um regime totalitário terceiro-mundista, e enquanto se armava em paladino reformador estragava tudo em que tocava. O exemplo fundamental é o da Educação. Armado de um sistema de avaliação confuso, para ser ligeiro, Sócrates destruiu o que ainda funcionava do sistema educativo. A vontade missionária dos professores, que permitia ultrapassar muitas das deficiências e insuficiências do sistema, foi a primeira vítima. Humilhados, os professores “acordaram” num sistema burocrático kafkiano. A negociação foi sempre impossível, a intransigência sempre constante, mesmo com toda a classe profissional na rua.
Depois seguiram-se inacabáveis episódios dignos de uma ópera-bufa Venezuelana, com casos e casos de corrupção não resolvidos pelos tribunais. Onde as evidências de corrupção emergiam, Sócrates estava por perto.
A crise em 2009/2011. Sócrates jurava a pés juntos que a crise ia passar ao largo. Nota-se muito? Vivendo numa realidade alternativa, Sócrates prometia os amanhãs que cantam na forma de TGVs, e energias limpas, quando o país não tinha dinheiro para mandar cantar um cego. A economia parava. Os ratings da República baixavam ao ritmo da subida das taxas de juro da dívida portuguesa. Furtando-se a qualquer responsabilidade, Sócrates erigiu teorias da conspiração: os mercados, os especuladores, a direita, eram os culpados pelo ataque a tão bem “sucedida governação”. Por fim veio a farsa do FMI. Sócrates jurava que nunca governaria com o FMI porque Portugal não precisava de ajuda externa. Aí está o FMI! De quem é a culpa. Nunca é dele.
Levanta-se-me uma inquietação á medida que a demagogia e a mentira instituída prosseguem o seu percurso impune do governo Sócrates. O meu ponto de vista é o seguinte: Com as sondagens em baixo, Sócrates demitiu-se. Em qualquer país normal e democrático, este seria o seu fim de linha. Mas o tipo revela uma confiança, algo assustadora, no desfecho do próximo acto eleitoral. Que informações é que ele tem que a opinião pública desconhece?
Espero muito que me engane, mas parece-me que as confusões eleitorais nas Presidenciais, que não permitiram que dezenas de milhares de portugueses pudessem ter votado, foram um simulacro de uma fraude eleitoral. Será que foram exclusivamente uma deficiência técnica? Ou foram um treino para as próximas eleições?
O Sócrates (e o seu Partido Socialista) tem o perfil suficiente para dar uma chapelada nas próximas eleições.
Espero que me engane nesta minha teoria da conspiração.
1 comment:
A presença do senhor tornou-se Kafkiana e mesmo creepy...Gosh!
Post a Comment