Que a mutilação genital se faça nos países donde esses imigrantes são originários já é mau. Que se faça na Europa é inadmissível. Que se faça com o conhecimento e complacência das autoridades é um crime. A este propósito Oriana Fallaci conta no seu livro A Força da Razão o seguinte:
" É a castração feminina que os muçulmanos praticam em 28 países da África Islâmica e por causa da qual todos os anos 2 milhões de criaturas (número fornecido pela Organização Mundial de Saúde) morrem por sepsia ou hemorragia (...). De facto, na Europa, a prática é proibida pelo Código Penal e, na Itália, a Comissão de Justiça e Assuntos Sociais do Parlamento apresentou um projecto-lei que prevê a condenação de 6 a 12 anos de cadeia para quem a executar. Mas, ao que parece, decidido salvar o princípio e não a aboli-lo, no início do ano, um ginecologista somali propôs um compromissso que consiste em substituir a ablação do clítoris e dos pequenos lábios e também a sutura dos grandes lábios por uma "picadela de alfinete". "Trata-se de uma intervenção que só provoca uma ferida momentânea. Em suma -explicou- trata-se de uma soft-infibulation que permite salvar o rito, podendo, assim, a menina voltar imediatamente para casa e festejar aquela espécie de baptismo". Depois, pediu o imprimatur do diessino presidente da Região da Toscana que, em vez de, tout court, muito simplesmente lho negar, passou-o ao diessino assessor para a Saúde, que, por sua vez, o passou ao presidente da Ordem do Conselho Regional de Saúde que é também membro do Conselho de Administração da Agência Regional de Saúde e também Centro de Estudos para a Salvaguarda e para a Documentação da Saúde Florentina e também presidente do Conselho Unitário das Profissões da Toscana e também director da revista Toscana Médica e também relator da Comissão de Bioética da região Toscana e ainda redactor do Código Deontológico dos Médicos. E sabes o que disse este pluricondecorado que não deixarei que me trate sequer de uma unha encravada? Disse: " Os problemas deontológicos devem ser postos de parte para se respeitar este rito antiquíssimo. Pessoalmente, sou favorável a que o projecto do colega somali chegue a bom porto." E não só. Quando a leghista Carolina Lussana levou o assunto à Câmara de Deputados e, falando de costume bárbaro, solicitou que o mundo político inteiro interviesse, as colegas do Centro-Esquerda convidaram-na a fechar o bico. E só no momento em que os protestos explodiram à escala nacional é que o soft-infibulismo dos quatro foi rejeitado. O que não exclui o facto de que, por debaixo da mesa, os problemas deontológicos não possam ser igualmente postos de lado(...).
Não me incomodarei em explicar-vos que a ética se baseia em princípios, que os princípios não se podem iludir com os compromissos ou com ardis e que portanto, a questão não é tornar a infibulação menos dolorosa e menos perigosa: a questão é proibi-la, impedi-la e puni-la de qualquer modo que aconteça. Seria inútil explicar-vo-lo, visto que vós pusestes de lado os princípios, que lhes preferis os ritos-antiquíssimos.(...)"
Bravo Oriana, presto-te aqui a minha homenagem póstuma. Homenagem para esta lutadora da liberdade (lutou contra os nazis logo a partir dos onze anos de idade, juntamente com o pai na resistência italiana ao nazismo) que tarda em ser feita nos meios de comunicação europeus, muito ocupados em agradar ao fascismo islâmico. Para todos estes euárabes és e serás sempre uma voz muito incómoda.
No comments:
Post a Comment