" Como sabem, eu estou a ser julgado na Holanda. Na Segunda-Feira, tenho ir que novamente ao tribunal e vou despender quase todo o tempo do próximo mês nisto. Eu fui levado a tribunal devido ás minhas opiniões sobre o Islão, e porque declarei as minhas opiniões em discursos, em artigos e no meu documentário, o filme Fitna. Eu vivo sobre constante protecção policial porque os extremistas islâmicos querem-me assassinar, e eu vou a tribunal porque o sistema holandês- a maioria deles não muçulmanos, querem-me silenciar. Eu fui levado a tribunal porque a liberdade no meu país está em declínio. Ao contrário da América, nós não temos a Primeira Emenda que garante ás pessoas a liberdade de expressar as suas opiniões e impulsionar assim o debate público. Ao contrário da América, na Europa, o estado nacional e cada vez mais a União Europeia, prescrevem como os cidadãos - incluindo os democraticamente eleitos como eu - devem pensar e aquilo que estão autorizados a dizer.
Uma das coisas que nós não estamos autorizados a dizer é, que a nossa cultura é superior a determinadas outras culturas. Isto é visto como uma afirmação descriminatória - uma afirmação até de ódio. Nós somos indoutrinados numa base diária, nas escolas e nos meios de comunicação social, com mensagens de que todas as culturas são iguais, e, se alguma cultura é pior do que as outras, é a nossa própria. Nós estamos submersos em sentimentos de culpa e de vergonha acerca da nossa identidade. Somos exortados a respeitar tudo e todos excepto nós mesmos. Esta é a mensagem da esquerda e do politicamente correcto que governa este sistema. Querem-nos que nos sintamos envergonhados acerca da nossa própria identidade que recusamos defender.
Esta obcessão das nossas elites culturais e politicas com a culpa Ocidental reforça a visão que o islão tem de nós. O corão diz que os não-muçulmanos são Kuffar (kafir no plural), que significa "rejeitados" ou "ingratos". Logo, os infiéis são "culpados". O islão ensina que no estado natural todos nós nascemos crentes. O islão também ensina que se hoje não somos crentes é por nossa culpa ou por culpa dos nossos ancestrais. Subsequentemente, nós somos sempre kafir - culpados - porque, das duas uma, ou nós, ou os nossos pais foram apóstatas. E como tal, segundo alguns, nós merecemos a subjugação e a morte.
Os intelectuais de esquerda e os politicos contemporâneos estão cegos relativamente aos perigos do islão. Alguns, aqueles que fazem parte da quinta coluna do islão no Ocidente odeiam-no genuinamente e querem-no destruir, enquanto outros não se querem opor aos nossos inimigos porque julgam que são demasiado poderosos e matar-nos-ão se os irritarmos. Alguns rendem-se porque concordam com os nossos inimigos, outros porque são covardes. O dissidente soviético, Vladimir Bukovsky, argumenta que depois da queda do comunismo, o Ocidente falhou em expôr aqueles que colaboraram com os soviéticos advogando politicas de détente, de relaxamento das tensões internacionais e de coexistência pacífica. Ele afirma que a Guerra Fria foi - passo a citar - "uma guerra que nós nunca ganhámos. Nunca lutámos para isso...Na maior parte do tempo o Ocidente quedou-se numa política de apaziguamento com o bloco Soviético...e apaziguadores não ganham guerras" - fim de citação.
O islão é o comunismo dos nossos dias. Mas devido ao falhanço em relação ao comunismo, nós somos incapazes de o confrontar, como se tivéssemos sido apanhados no velho hábito comunista do logro e dos significados duplos, que usuram para assombrar os países do Leste e que nos assombram agora a nós. Devido a este falhanço, os mesmos esquerdistas que então eram cegos em relação ao comunismo, hoje são cegos em relação ao islão. Utilizam exactamente os mesmos argumentos em favor da détente, das relações próximas e do apaziguamento, como utilizavam naquela época. Argumentam que o nosso inimigo é tão amante da paz-como-nós-somos, e que só pedem respeito, se nós os respeitarmos eles também nos respeitarão. Até ouvimos a repetição do velho mantra da equivalência moral. Eles costumavam dizer que o "imperialismo" Ocidental eram tão mau (ou pior ainda) que o imperialismo Soviético, agora dizem que o "imperialismo" Ocidental é tão mau (ou mesmo pior) do que o imperialismo islâmico. No meu discurso junto ao Ground Zero em Nova Iorque no 11 de Setembro, enfatizei que devemos parar o "Blame the West, Blame America", jogo que os islâmicos jogam com connosco. Nós devemos parar de jogar este jogo. E tenho uma mensagem para vós. É um insulto que nos digam que nós somos culpados e merecemos o que nos está acontecer. Nós não merecemos a morte, nem tornar-mo-nos estranhos na nossa própria terra. Nós não podemos aceitar tais insultos. Primeiro de tudo, a Civilização Ocidental é a mais livre e a mais próspera da face da Terra, e por isso muitos imigrantes se estão a mover para cá, em vez dos Ocidentais se estarem a mover para lá. E em segundo, não existe tal coisa como a culpa colectiva. Os indivíduos livres são agentes morais livres e são responsáveis pelas suas próprias acções."
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