Enquanto a Sky News, e outras estacões internacionais, emite continuamente sobre a tragédia japonesa, dando-nos a oportunidade de acompanhar todos os desenvolvimentos quase em directo, as televisões portuguesas, com principal destaque para a SIC Notícias, entretêm-se com o futebol indígena, a manifestação da Geração Apertada e com a obsessão da crise. Com a excepção de curtas peças nos noticiários de maior audiência, o que se passa no Japão é olimpicamente omisso. Fosse a tragédia num qualquer pardieiro terceiro mundista, como o Haiti por exemplo, teríamos directos, como foi o caso, não jornalísticos, mas pseudo-humanitários de um tipo de informação piegas, que se aproxima mais do raio de acção de uma qualquer ONG do que de jornalismo objectivo.
Neste particular, e não só, o poder político instalado, acompanha a mediocridade e o provincianismo da comunicação social portuguesa. Para o Japão, não foi, tanto quanto eu sei, accionado qualquer tipo de apoio ou manifestado qualquer tipo de solidariedade por simbólica que fosse. O corpo especial de aves canoras, os Canarinhos, que tão activos estiveram no terramoto do Haiti, acompanhados por especiais televisivos e por Ministros em pose grave, desta vez ficou na gaiola. Fomos os primeiros europeus a chegar ao Japão. A memória histórica devia ser preservada-respeitada e os laços de amizade com o Japão poderiam ser, neste momento difícil para o país do Sol Nascente, aprofundados. Ainda por cima a ideia de Portugal no Japão está bem viva e os portugueses são por lá bem-vindos. A língua portuguesa também, graças a uma grande comunidade de japoneses nascidos no nosso país irmão – O Brasil.
Ao mesmo tempo que o sismo japonês centrou a atenção do mundo, o Coronel Kadafi aproveitou a coisa, para desancar nos revoltosos, que apesar de muitos Alás Akbares uivados, veêm já as tropas do Córónél às portas de Benghazi. E enquanto a Liga Árabe e alguns esquerdistas euárabes “engolindo sapos do tamanho de elefantes” apelam a uma No Fly Zone sobre a Líbia, numa demonstração de apoio “póstumo” à política de Bush, basta ver o "pourqui et porquoi" nos salões diplomáticos ocidentais, para concluir que ninguém vai levantar um dedo.
Em Israel, um palestiniano, uma besta cobarde, matou toda uma família israelita na cama enquanto dormia. Incluindo um bebé. Como resposta, o executivo israelita autorizou a construção de mais casas. E mais uma vez o jornal diário da extrema-esquerda portuguesa, o Público, tomando “as dores” dos palestinianos por suas, condenou a decisão de Benjamin Nethanyau
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