O planeta está-se a dividir progressivamente em dois extremos: o mundo avançado – Europa, Norte América, Austrália e Japão – no qual a privacidade se desvanece, onde os burocratas do Estado brevemente serão capazes de monitorizar os cidadãos a cada segundo do dia; e o violento mundo primitivo- Somália, Paquistão- do qual ninguém faz a mais pálida ideia do que ali realmente se passa. Mas nas ruas de Londres, só para dar um exemplo, as duas realidades podem habitar no mesmo local. E aí o mais violento prevalece. Por isso a cidade do Tamisa está prenhe de câmaras de filmar. Em média, cada pessoa em Londres é apanhada 300 vezes por dia no CCTV. Graças ao multiculturalismo estatista, a cada dia que passa nos aproximamos mais do 1984.
Vem isto a propósito do projecto da nova lei do tabaco que os fascistas da higiene pública estão a preparar. O longo braço do Estado, através destes burocratas pagos com os dinheiros dos contribuintes (milhões deles fumadores), prepara mais um atentado à liberdade individual dos cidadãos.
O Estado não tem o direito de dizer o que devemos comer, beber ou fumar, porque faz parte da liberdade individual de cada um. Isto claro, a partir do momento que as nossas acções não prejudiquem terceiros. É com base no chamado "interesse público" que o Estado se permite invadir o direito de propriedade de um restaurante privado, alegando falsamente que seu espaço é público. Esse restaurante, bar ou discoteca deveria poder decidir se autoriza que se possa fumar no seu estabelecimento, sendo que os não-fumadores têm a liberdade de não o frequentar. Da mesma forma os fumadores podem não frequentar os estabelecimentos onde não poderão fumar. Casos há em que ambos poderão conviver se assim o desejarem.
Em momentos de crise como o que vivemos, o prazer de um cigarro e uns copos com os amigos, é quase o último reduto de humanidade que nos resta. Os burocratas odeiam os prazeres e a liberdade do consumismo alheio. A repressão fundamentada em boas intenções é multidimensional. A saúde dos cidadãos, do planeta, das finanças, das gerações futuras...etc.
P… que os pariu.!
3 comments:
Importa-se que assine por baixo?
Para variar, desta vez não concordo consigo. Eu sou anti-tabagista e considero que os não-fumadores têm mais direito a não sofrer com as consequências do tabaco de segunda mão, ou seja, à saúde, do que os fumadores a fumar. Como você próprio escreveu e muito bem, desde que não prejudique terceiros. Que queiram prejudicar a sua própria saúde, tudo bem; agora quererem prejudicar a saúde de terceiros isso é que não. Foi por causa do tabaco que a minha tia madrinha faleceu com cancro do pulmão. E ela nunca fumou um único cigarro na vida. Em países verdadeiramente civilizados como é o caso da Singapura, em certas cidades norte-americanas, até fumar ao ar livre é proibido. Se quiserem fumar, que o façam em sítios próprios para isso, sítios para onde os não fumadores não precisam de ir.
Concordo em gênero, número e grau.
E a história aqui no Brasil está pior, pois as autoridades e os politicamente corretos acreditam na idiotice da história do fumante passivo.
Não há uma única pesquisa científica decente que comprove que o ar que talvez aspiremos em parte, após a fumaça ser expelida por um fumante, faça qualquer mal como o câncer, por exemplo.
Aquelas bestas vivem a cuidar dos cidadãos. Acham que precisam ser tutelados.
A questão da fumaça expelida pelo fumante é muito mais de educação,em certos ambientes, que de saúde.
Cidades fanatizadas, como Nova York, proíbem fumar em parques públicos!
Todavia, a imensa frota despeja toneladas de gases no ar.
Hipocrisia.
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