Porque é que a NATO se meteu na Líbia e permite ao regime totalitário de Damasco uma repressão violenta dos manifestantes, com milhares de mortos e refugiados? A resposta é mais simples do que parece. Porque a NATO, liderada pela França, está ao serviço da Liga Árabe, e esta é a maior evidência que a Eurábia é já uma existência política. A NATO bombardeia Tripoli porque a Liga Árabe assim o deseja e não bombardeia Damasco, porque a Liga Árabe não o deseja. E ponto final parágrafo.
O regime de Kadafi, desde que se aproximou da OUA e de África afastando-se da Liga Árabe, passou a ser visto pelos árabes como uma persona non grata no poder de um país árabe e muçulmano. Assim uma espécie de dissidente a abater. O regime facínora de al Assad, pelo contrário, faz parte do núcleo duro da Liga árabe e é por esta, reconhecido como tal.
Se o leitor reparar, só depois da Liga Árabe ter dado o sinal verde, o Conselho de Segurança da ONU avançou com a intervenção “para proteger civis” e tretas do género, e a França, liderando a NATO (coisa nunca vista), foi a primeira a “saltar para cima” do Coronel de óculos escuros Prada. E porquê a França? Aqui temos que recuar umas décadas.
Desde De Gaulle que a França acredita reganhar a importância política internacional perdida, através da liderança de um bloco Euro-árabe (Napoleão já o tinha tentado), para competir geoestrategicamente com os USA e a extinta União Soviética. Aparentemente, décadas depois parece que o conseguiu com o gaulista Sarkozy. Escrevo aparentemente, porque a França e a Europa estão muito longe de liderar seja lá o que for. Pelo contrário, a França e a Europa, são hoje lideradas pelos árabes, nomeadamente através da Comissão Europeia (CE) que nada é mais do que uma marioneta nas mãos dos interesses muçulmanos. A Eurábia está a aniquilar totalmente a Europa, como resultado de políticas intencionais adoptadas pela CE e pela França durante décadas.
Cada vez mais islamizada, a Europa é hoje um satélite do mundo árabe e muçulmano. A Europa não passa de um lacaio, ainda bem munido de meios militares e tecnológicos superiores aos dos seus senhores, mas esta situação, com as transferência em curso de tecnologias, previstas aliás nos diversos acordos do Diálogo Euro-Árabe, é só uma questão de tempo para mudarem de mãos. Os árabes para dominarem de vez a Europa só precisam de uma única coisa: da aparência de democracia nos seus países. E estas “primaveras” árabes vão no sentido das aparências de democracia. Como o são também feitas de aparências de democracia a Comissão Europeia e União Europeia. Depois de realizada esta operação de cosmética, a propaganda de que o islão faz parte da Europa pode-se tornar mais credível.
A Europa está constantemente ameaçada de terror. O terror, é a forma de aplicar pressão aos países europeus para se renderem às exigências árabes. Eles exigem, por exemplo, que a Europa tome posição favorável à “causa palestiniana” contra Israel.
A Eurábia é inimiga de Israel e dos USA. Não só na política externa, mas também nos assuntos domésticos. O anti-americanismo e o anti-semitismo grassam hoje na Europa. Qualquer bicho careta eurábico, sem muito bem saber porquê, é hoje totalmente anti-americano e anti israelita. Se a política externa europeia e árabe continuarem a ser comuns e a confundirem-se, é possível no futuro, uma guerra com os USA. E era bem bom de ver os eurábicos a levarem nas trombas novamente dos americanos como os seus congéneres nazistas levaram nos anos quarenta.
Em resumo, a Eurábia é um projecto francês que se tornou realidade a partir da visão anti-americana de Charles de Gaulle, como um bloco hostil á influência americana. Esta situação facilitou as ambições europeias em manter importantes esferas de influências nas ex-colónias, enquanto abriam grandes mercados para os produtos europeus no mundo árabe, especialmente nos países produtores de petróleo e de gás natural. Em anexo, comprometeram-se em transformar o Mediterrâneo num mar Euro-árabe interior, favorecendo a imigração muçulmana e promovendo o multiculturalismo com uma forte presença islâmica na Europa.
E alguém nesta Europa quer saber alguma coisa dos projectos franceses? É tempo de acabar com eles, com a Comissão Europeia e com a União Europeia, já agora.
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