Wednesday, February 13, 2008

Saturday, February 9, 2008

Danger Man



Este homem, Rowen Williams, é o arcebispo da Cantuária, e é um homem muito perigoso. Declarou anteontem que, "tarde ou cedo, a Inglaterra tem que incorporar a sharia, a lei islâmica, porque os muçulmanos não se reconhecem na lei inglesa." Acontece que a lei inglesa emana de um estado de direito democrático e é o pilar fundamental desse mesmo estado de direito democrático, para quem, todos os cidadãos têm os mesmos direitos e deveres na observância da lei, independentemente das suas crenças religiosas e políticas e da sua origem étnica. Adiantou que não gostaria de importar certas versões radicais da sharia mas, como muito bem escreveu Vasco Pulido Valente na edição de hoje do Público, "Quem aceita e recomenda a sharia, aceita e recomenda a sharia na forma e na interpretação que os muçulmanos lhe entenderem dar. Não cabe, como é óbvio, a um arcebispo herege meter o seu irrelevante bedelho no assunto."

Seria sempre bonito de se ver, mulheres alegadamente adúlteras a serem apedrejadas até à morte, em pleno Hyde Park, alegados homossexuais muçulmanos a serem decapitados em plena Oxford Street, pequenos larápios a ficarem sem mão na Charing Cross, vergastadas nas mulheres que apresentassem o hijab menos composto, à saída do Harrods ou do Harvey Nichols em Knightsbridge, quartos de hospitais onde, lado a lado, se curassem vítimas de acidentes e miúdas de pais muçulmanos, ficassem sem o clítoris, em rituais de excisão praticados "civilizadamente" com a devida higiene e cuidados médicos adequados. Tudo isto em nome do multiculturalismo. A Europa sucumbiu ao ópio do multiculturalismo. Um dia, daqui a alguns anos, arqueólogos hão-de desenterrar as ruínas de uma antiga civilização procurando pistas para a sua queda e ficarão maravilhados em descobrir em como isso foi fácil.

Vasco Pulido Valente disse que o arcebispo não está comprovadamente louco, mas eu duvido. Não podemos tolerar a intolerância sob pena de perdermos para sempre os valores da liberdade individual e do humanismo que alicerçam a civilização ocidental.

Friday, February 8, 2008

Faça Você Mesmo


Com a obra Curso de Engenharia para Totós, num semestre, o leitor fica habilitado a construir como Engenheiro Técnico, uma réplica da casa representada na imagem, situada numa clareira do pinhal de Leiria, cuja planta foi desenhada pela elevada craveira arquitectónica daquele que nós sabemos.

Plano Nacional de Leitura (2)


Uma proposta magnífica do governo, integrada na Campanha " Novas Oportunidades". Vamos fazer de Portugal um país de Engenheiros!
Frequência disponível em várias modalidades:
1. Sem pôr lá os pés!
2. Só aos fins-de-semana!
3. Um prof. para 4 cadeiras!
4. Permuta directa de favores (i.e. cargos)
5. Pontos da Farinha Amparo

Plano Nacional de Leitura (1)

Recomendamos.
Apresentamos aqui, em primeira edição, a obraprima de Maria de Lurdes Rodrigues, MonaVazia, ou Como lixei a escola pública. Aplaudido pela critica mais liberal, esta obra mostra como em apenas dois anos se pode abrir o caminho à futura gestão privada das escolas e como se transformam os educa-dores dos nossos filhos, os professores, em inimigos públicos da sociedade e culpados do estado em que se encontra a educação em Portugal.

Tuesday, February 5, 2008

Futuro Hi-Tech


Um sujeito entra num bar novo, hi-tech, e pede uma bebida. O barman é um robot que pergunta: - Qual o seu QI? O homem responde: - 150. Então o robot serve um cocktail perfeito e inicia uma conversa sobre a fraude do aquecimento global, espiritualidade, física quântica, interdependência ambiental, teoria das cordas, nanotecnologia e por aí. O tipo ficou impressionado, e resolveu testar o robot. Saiu, deu uma volta e retornou ao balcão. Novamente o robot pergunta: - Qual o seu QI? O homem responde: - Deve ser uns 100. Imediatamente o robot serve-lhe um whisky e começa a falar, agora sobre futebol, fórmula 1, super-modelos, comidas favoritas, armas, corpo da mulher e outros assuntos semelhantes. O sujeito ficou abismado. Sai do bar, pára e resolve voltar e fazer mais um teste. Novamente o robot pergunta-lhe: - Qual o seu QI? O homem disfarça e responde: - Uns 20, talvez!
Então o robot serve-lhe uma pinga de vinho, inclina-se no balcão e diz bem pausadamente: - E então meu, vamos votar no Sócrates de novo?

Recado de Um Pai a Uma Professora



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Queijo Milú

O queijo preferido do Primeiro Ministro de Portugal

Sunday, February 3, 2008

Andy Warhol


Ghettos de imigrantes não são novidade. Desempenharam até um grande papel na história dos USA, e para milhões de famílias imigrantes foram um local de transição até se tornarem americanos. Era comum encontrarem-se pessoas nesses ghettos que não falavam de todo inglês e que tinham os mesmos valores, atitudes e modos de vida típicos dos seus países originais. Na maioria dos casos a integração só ocorria na geração seguinte.
Um dos exemplos possíveis, entre milhões de outros, é o da família de Andy Warhol. Húngaros de nascença imigraram para a América, onde o pai trabalhava numa mina de carvão em Pittsburgh e enquanto a mãe, doméstica, cozinhava goulash para ele e para os dois irmãos mais velhos. Como todos sabemos Andy Warhol tornou-se um nome incontornável na arte no séc. XX.
Nada disto acontece hoje em dia na Europa. Os ghettos europeus existem há décadas. Habitam lá não só, as primeiras, como as segundas e terceiras gerações de imigrantes islâmicos. Apesar de terem nascido holandeses, franceses, alemães...a maioria não fala a língua do país onde nasceram. Nem inglês. Os seus valores culturais são os do mundo islâmico, e os seus líderes não foram eleitos como membros do parlamento, mas são imams e anciãos que governam essas comunidades como chefes tribais, impondo práticas tradicionais com incompreensível autoridade, enfatizando e relembrando a todo o momento que a cultura ocidental é imoral e maligna. Muitos daqueles líderes pregam contra a democracia da Europa, contra a aceitação da igualdade da mulher, contra as minorias sexuais...Rejeitam a liberdade de consciência, denúnciam a separação da igreja e do estado e insistem que os muçulmanos não têm a obrigação de obedecer às leis seculares dos países europeus. "Estes alemães, estes ateus, estes europeus não barbeiam os sovacos", pregava um iman em 2004 em Berlim. O inferno vive para os infiéis! Abaixo com todas as democracias e todos os democratas". Nesse mesmo ano, um pregador afirmou perante uma assistência, em Copenhagen que o secularismo era uma forma de opressão. "Nenhum muçulmano aceita o secularismo, a liberdade e a democracia".
Bem, digo eu, então ainda estão a tempo de atravessar novamente o mar Mediterrâneo. Há mar e mar, há ir, e não voltar.