Sunday, November 25, 2007

Ecologia: A Evangelização Ecológica (1)


O movimento ambientalista tem um longo pedigree, estando o seu progenitor situado já no longínquo final do séc. XIX. O biólogo alemão Ernst Haeckel parece ter sido o primeiro a utilizar o termo Ecologia para descrever a ciência das relações entre os organismos e o ambiente. Desde o ínicio, Haeckel imprimiu ao movimento ambientalista as suas características pessoais. O biólogo não era grande adepto do ser humano e recusava-se a ter uma visão antropocêntrica do mundo. " A política é Biologia Aplicada" sustentou. Os nazis seguiram as suas justificações "científicas" do racismo, nacionalismo e social darwinismo, fundamentando assim, primeiro a arruaça, depois o Holocausto. A sua teoria da recapitulação é também fruto desta tendência (bias), do seu desprezo pela Humanidade. "A ontogenia recapitula a Filogenia", dizia ele, o que significa que cada um de nós, durante o desenvolvimento embrionário, passamos por sucessivos estádios; de peixe, anfíbio, réptil, mamífero e só tardiamente, durante o desenvolvimento fetal, nos diferenciamos em primatas e finalmente em seres humanos. Obviamente que tudo isto foi mais tarde considerado um erro estrondoso. Aliás toda a história do movimento ambientalista é nada mais do que uma imensa colecção de erros, como veremos nos próximos posts.
Anna Bramwell, que investigou a história do movimento ecologista, verificou que a sua natureza evangélica é bem evidente muito antes do aparecimento dos cruzados do Greenpeace, dos Amigos da Terra ou da Quercus. O movimento tem raizes particularmente fortes na Alemanha. O conceito Romântico da ligação mística entre o povo e a sua pátria (homeland)- que mais tarde foi expressa pelo conceito nazi de Blut und Boden (sangue e solo) - conduziu a um grande condicionamento do pensamento alemão acerca da natureza.
(continua)

Sunday, November 18, 2007

Ecologistas: Estão dementes e podem ser perigosos.



Alan Weisman, no seu livro "O Mundo Sem Nós", (um hino dedicado à desconsideração da humanidade) relata na página 34 da edição portuguesa, a actividade de um tal Eric Anderson, um ecologista para a Wildlife Conservation Society, uma equipa global de auto proclamados investigadores, que trabalham " para salvar de si próprio o mundo ameaçado". Espero que o si se refira aos ambientalistas, ecologistas e outros religiosos da natureza. Este senhor Anderson, dirige o projecto Mannahattan que é uma tentativa para recriar virtualmente a ilha de Manhattan como ela era antes de 1609, isto antes da colonização europeia.
Portanto num futuro próximo, nada de apreciar a 5ª Avenida ou a Broadway. Nada de Jazz em Brooklyn, nada de museus, restaurantes, clubs nada de nada. Atentem só nas árvores como sobreviventes da floresta pré invasão pelo homem branco europeu. Se não estão loucos, pouco lhes deve faltar.
Nas palavras de Weisman, uma visão pré-urbana (o urbano é que os tira do sério) que anima a especulação sobre como poderia ser o mundo sem homens (ocidentais digo eu). Nas inúmeras linhas que se seguem nem um adjectivo sobre a Nova Iorque actual. Para este senhor não conta um dos mais bonitos skylines do universo, não contam os avanços científicos, a arte, o jazz, a literatura, a poesia, a emancipação dos homens e mulheres, o cinema, a criatividade e a energia humana que emana daquela gloriosa cidade. Nada disto conta. Aliás é típico nos ecologistas a desconsideração pelo Ser Humano. Vejam só nas palavras de Susan Sontag, escritora e activista a propósito do ser humano: " The truth is that Mozart, Pascal, Boolean Algebra, Shakespeare, parliamentary government, baroque churches, Newton, the emancipation of women, Kant, Marx, Ballanchine ballet et al., don´t redeem what this particular has wrought upon the world. The white race is the cancer of human history. It is the white race and it alone - its ideologies and inventions - wich eradicates autonomuos civilazations whereever it spreads, wich has upset the ecological balance (é um mito) of the planet, wich now threathens the very existince of life itself".
Os ecologistas andam excitados com o sucesso que têm tido na manipulação da opinião pública e estão a perder o sentido da realidade. Têm bons aliados, como sejam os mass media sempre ávidos de aumentarem as tiragens á custa do alarmismo. Têm politicos e capitalistas oportunistas tembém do seu lado. Este fascismo verde vai-nos custar caro.

Sunday, November 11, 2007

Um olhar de Tóquio (10)

Vista de Yokoama com a Torre de comunicações e a Landmark Tower em fundo.

Um olhar de Tóquio (9)



Yokoama, vista a partir do Landmark Tower

Um olhar de Tóquio (8)



Karoke Club em Shinjuku

Um olhar de Tóquio (7)



21-21 Design Sight, Tokyo Midtown

Um olhar de Tóquio (6)



Vista parcial de Tóquio a partir de 27º andar de um edifício de Shinjuku

Um olhar de Tóquio (5)


Yurikamone Line, trajecto algures entre Shimbashi e Shiodome em direcção a Daiba.

Um olhar de Tóquio (4)

Shibuya

Um olhar de Tóquio (3)


Teenagers em Yoyogi Park

Um olhar de Tóquio (2)

Shinjuku eye

Um olhar de Tóquio (1)


José Miguel Júdice, no jornal Público de 9 de Nov, refere-se a Tóquio, a Megalópolis preferida para o autor deste Blog, da seguinte forma:

" The sky above de port was de color of the television, tuned to a dead channel." Perdão, esta introdução foi a de William Gibson em Neuromancer. O referido advogado escreveu, com toda a razão, assim: " Hoje apetecia-me escrever sobre a energia humana que sinto aqui em Tóquio, só comparável a este nível a Nova Iorque. Sobre a espectacular arquitectura com que esta cidade se vai renovando. " Isto vindo de um politico português é raro, raríssimo. Normalmente são provincianos e despojados do mínimo de sensibilidade. Sócrates o actual PM, em tempos inviabilizou a construção de uma torre biónica em Almada nos terrenos da Lisnave, lembram-se? Se calhar não. . E são, sobretudo, aniquiladores da energia das pessoas, de um povo inteiro, há pelo menos umas centenas de anos.

Conforme já referi, Tóquio é a minha cidade preferida e por isso deixo aqui algumas imagens, em jeito de celebração, dos tempos que por lá passei e espero, em breve, regressar.

Thursday, November 8, 2007

A mentira do atestado médico

Um professor de filosofia, José Ricardo Costa de seu nome, que escreve para o jornal O Torrejano publicou esta deliciosa peça que transcrevo na integra, com uma merecida vénia.



"O atestado médico por José Ricardo Costa"

Imagine o meu caro que é professor, que é dia de exame do 12º ano e vai ter de fazer uma vigilância. Continue a imaginar. O despertador avariou durante a noite. Ou fica preso no elevador. Ou o seu filho, já à porta do infantário, vomitou o quente, pastoso, húmido e fétido pequeno-almoço em cima da sua imaculada camisa. Teve, portanto, de faltar à vigilância. Tem falta.
Ora esta coisa de um professor ficar com faltas injustificadas é complicada, por isso convém justificá-la. A questão agora é: como justificá-la? Passemos então à parte divertida. A única justificação para o facto de ficar preso no elevador, do despertador avariar ou de não poder ir para uma sala do exame com a camisa vomitada, ababalhada e malcheirosa, é um atestado médico. Qualquer pessoa com um pouco de bom senso percebe que quem precisa aqui do atestado médico será o despertador ou o elevador. Mas não. Só uma doença poderá justificar sua ausência na sala do exame. Vai ao médico. E, a partir este momento, a situação deixa de ser divertida para passar a ser hilariante.

Chega-se ao médico com o ar mais saudável deste mundo. Enfim, com o sorriso de Jorge Gabriel misturado com o ar rosado do Gabriel Alves e a felicidade do padre Melícias. A partir deste momento mágico, gera-se um fenómeno que só pode ser explicado através de noções básicas da psicopatologia da vida quotidiana. Os mesmos que explicam uma hipnose colectiva em Felgueiras, o holocausto nazi ou o sucesso da TVI. O professor sabe que não está doente. O médico sabe que ele não está doente. O presidente do executivo sabe que ele não está doente. O director regional sabe que ele não está doente. O Ministério da Educação sabe que ele não está doente. O próprio legislador, que manda a um professor que fica preso no elevador apresentar um atestado médico, também sabe que o professor não está doente. Ora, num país em que isto acontece, para além do despertador que não toca, do elevador parado e da camisa vomitada, é o próprio país que está doente. Um país assim, onde a mentira é legislada, só pode mesmo ser um país doente. Vamos lá ver, a mentira em si não é patológica. Até pode ser racional, útil e eficaz em certas ocasiões. O que já será patológico é o desejo que temos de sermos enganados ou a capacidade para fingirmos que a mentira é verdade. Lá nesse aspecto somos um bom exemplo do que dizia Goebbels: uma mentira várias vezes repetida transforma-se numa verdade.
Já Aristóteles percebia uma coisa muito engraçada: quando vamos ao teatro, vamos com o desejo e uma predisposição para sermos enganados. Mas isso é normal. Sabemos bem, depois de termos chorado baba e ranho a ver o "ET", que este é um boneco e que temos de poupar a baba e o ranho para outras ocasiões. O problema é que em Portugal a ficção se confunde com a realidade. Portugal é ele próprio uma produção fictícia, provavelmente mesmo desde D.Afonso Henriques, que Deus me perdoe. A começar pela política. Os nossos políticos são descaradamente mentirosos. Só que ninguém leva a mal porque já estamos habituados. Aliás, em Portugal é-se penalizado por falar verdade, mesmo que seja por boas razões, o que significa que em Portugal não há boas razões para falar verdade. Se eu, num ambiente formal, disser a uma pessoa que tem uma nódoa na camisa, ela irá levar a mal. Fica ofendida se eu digo isso é para a ajudar, para que possa disfarçar a nódoa e não fazer má figura. Mas ela fica zangada comigo só porque eu vi a nódoa, sabe que eu sei que tem a nódoa e porque assumi perante ela que sei que tem a nódoa e que sei que ela sabe que eu sei.
Nós, portugueses, adoramos viver enganados, iludidos e achamos normal que assim seja. Por exemplo, lemos revistas sociais e ficamos derretidos (não falo do cérebro, mas de um plano emocional) ao vermos casais felicíssimos e com vidas de sonho. Pronto, sabemos que aquilo é tudo mentira, que muitos deles divorciam-se ao fim de três meses e que outros vivem um alcoolismo disfarçado. Mas adoramos fingir que aquilo é tudo verdade. Somos pobres, mas vivemos como os alemães e os franceses. Somos ignorantes e culturalmente miseráveis, mas somos doutores e engenheiros. Fazemos malabarismos e contorcionismos financeiros, mas vamos passar férias a Fortaleza. Fazemos estádios caríssimos para dois ou três jogos em 15 dias, temos auto-estradas modernas e europeias, mas para ver passar, a seu lado, entulho, lixo, mato por limpar, eucaliptos, floresta queimada, barracões com chapas de zinco, casas horríveis e fábricas desactivadas. Portugal mente compulsivamente. Mente perante si próprio e mente perante o mundo.
Claro que não é um professor que falta à vigilância de um exame por ficar preso no elevador que precisa de um atestado médico.
É Portugal que precisa, antes que comece a vomitar sobre si próprio.

Wednesday, November 7, 2007

Animals Rights Extremists (3)

Infelizmente, parece que a violência está a ganhar terreno. Em Janeiro de 2004 a Cambridge University decidiu não construir um novo laboratório de investigação neurológica, a qual envolvia pesquisa com primatas. As razões apontadas pelos responsáveis foram que os custos envolvidos eram elevados. De facto, os custos extraordinários envolviam o policiamento do laboratório destinado a prevenir a violência dos extremistas dos direitos dos animais. Se este tipo de pressão e violência continuar a ser bem sucedida, o desenvolvimento da ciência médica pode estar em risco. Muitas pessoas que possuem doenças, que hoje ainda são incuráveis, podem não ver qualquer esperança no desenvolvimento, quer dos conhecimentos científicos quer da utilização de drogas que as possam ajudar no futuro.
Nem todos os defensores dos direitos animais, são extremistas e desafiadores da lei. Alguns são moderados, mas ao partilharem do mesmo objectivo que os extremistas, isto é, se conseguirem acabar com a investigação médica em animais, provocarão o mesmo dano á sociedade que aqueles.

Tuesday, November 6, 2007

Animals Rights Extremists (2)


Não é a primeira vez na História que a compaixão pelos animais é acompanhada com indiferença pela vida humana. Os nazis, a partir da inspiração de Heirich Himmler, o líder da Gestapo, proporcionou treino especial aos SS sobre o respeito da vida animal em proporções quase budistas.
Os extremistas contemporâneos, foram já bem sucedidos no encerramento de diversas firmas que se dedicavam a fazer crescer animais para fins experimentais. Estas empresas são tão legais como necessárias para a investigação médica. Um destes grupos extremistas atingiu a notoriedade com uma campanha nos finais dos anos 90 ao conseguir encerrar a Huntingdon Life Sciences (HLS). O director foi mesmo agredido com um taco de baseball; os empregados foram expostos a intensa intimidação incluindo ameaças á sua integridade física. Como não conseguiam encerrar a actividade da empresa, começaram a protestar junto aos bancos de investimento e companhias de seguros que trabalhavam com a HLS. Depressa persuadiram estas instituições a retirarem o apoio à HLS. A banca como é avessa a situações de conflito, depressa retirou o financiamento, o que encorajou estes terroristas a acreditar que estavam a ganhar. Os fornecedores e clientes da HLS também foram alvo desta malta, mas ao contrário dos banqueiros, a maioria resistiu à intimidação.

Monday, November 5, 2007

Animals Rights Extremists (1)



Amsterdão 3 de Nov

Manifestação ordeira (enquadrada por polícia a cavalo, claro, pois estes "joves" não brincam) dos ecofundamentalistas mais extremistas - Os defensores dos direitos animais. A maior parte deles desfilavam encapuçados, pelas ruas comerciais de Amsterdão. Assanhados gritavam palavras de ordem em holandês, mas os cartazes, íam elevados bem firmes, em inglês. Fotografias "atiradas" à cara dos transuentes mostravam animais esfolados como apontando a culpa daqueles que ralaxavam, às compras, numa suave tarde de sábado Outonal, na bonita cidade dos canais.



Estes extremistas não estão satisfeitos com as extensas leis que protegem os animais da crueldade. Podem argumentar (contra as evidências) que as experiências em animais para propósitos médicos são desnecessárias, mas o seu credo fundamental, é que, as evidências dos benefícios para a humanidade são irrelevantes. Para eles, todas as experiências com animais são imorais e nunca podem ser justificadas, mesmo se salvarem vidas humanas. Alguns afirmam mesmo que, os animais têm os mesmos direitos que os seres humanos. Para imporem os seus pontos de vista, não recusam o uso da violência, contra aqueles que são responsáveis ou apoiam essas experiências. Agridem pessoas, aterrorizam os seus filhos, atiram tinta para casas de pessoas que estejam relacionadas com corporações ou laboratórios, utilizam explosivos e incendeiam carros, espalhando a intimidação. Utilizam todos os meios para atingirem o seu obejectivo principal - parar com a investigação científica e médica em animais. Todos os meios são justificáveis.