Aproveitando o facto da Fundação Gulbenkian estar realizar, a partir de ontem, conferências sobre a arte islâmica, talvez não fosse mau reflectir um pouco, sobre o fundo histório das relações islâmicas com o Ocidente. Apesar de um extenso território islâmico fazer fronteira com a Europa e milhões de filhos de Alá se fixarem por cá, um grande número de políticos europeus preferem não reconhecer que este fenómeno possa ser problemático. Todavia, é contra os seus próprios interesses pretender ser cego e surdo relativamente à hostilidade proveniente desta vizinhança superpovoada que agora ecoa com brutalidade nas cidades da Europa Ocidental. Nem a política americana nem a perversidade israelita são responsáveis por esta hostilidade; ela foi, e é nutrida por uma cultura de aversão e ódio dirigida aos infiéis. Seria criminoso e suicida para aqueles a quem este ódio é dirigido negar a sua existência como tendência principal, entre a população de muçulmanos ileterados e os seus lideres religiosos, nos 56 estados (mais a Autoridade Palestiniana) que compõem a Conferência da Organização Islâmica.
A subserviência europeia, ou a sua política de enfraquecer Israel enquanto difamam os Estados Unidos da América e encobrem o sofrimento dos cristãos em países muçulmanos, não ajuda a ultrapassar aquele ódio, entrincheirado, quer na religião, quer na história e nas suas tradições. Os ocidentais devem ter a coragem moral em compreender esta realidade em vez de se esconderem atrás de um política apaziguadora que precisa de bodes espiatórios para sobreviver.
Entretanto a movimentação islâmica nos últimos tempos em Portugal não anúncia nada de bom.
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