A jihad é central na história e civilização islâmica. Não foi questionada ou modificada desde que os fundadores da jurisprudência islâmica a proposeram, nos séc VIII e IX - apesar de alguns académicos modernos, vivendo a maioria no Ocidente, terem tentado algumas interpretações críticas. O nascido Sírio, Bassam Tibi, Director e Professor de Relações Internacionais da Universidade de Gottingen, na Alemanha, escreveu uma crítica incisiva sobre a Jihad. O mufti de Marselha, Soheib Bensheikh, advogou a desacralização da sharia mas equilibrou estas visões progressistas com um anti-sionismo radical. O Sheikh Abdul Hadi Palazzi, um imam pró-israelita activo de Milão, criticava ferozmente Arafat e a liderança do Hamas, mas, não obstante, um firme adepto da ideia de jihad como luta moral.
Ibn Warraq, ex-muçulmano, é um dos poucos intelectuais proveniente do mundo muçulmano que tem a coragem de criticar o Islão de uma maneira sistemática - analisando cada dogma; examinando a linguagem, o conteúdo e a origem do al-Corão; e avaliando criticamente as fontes históricas do nosso conhecimento acerca do nascimento e difusão do Islão nos diversos livros que editou no Ocidente. O sua obra inicial intitulava-se Why I Am Not a Muslim (1995).
Todavia, as inclinações reformistas não são "o forte" do Islão e mantêm-se basicamente marginais, enquanto os regulamentos tradicionais da jihad são reiterados por luminárias como o Sheikh Yusef al-Qaradhawi, o líder espiritual dos Muslim Brotherwood e cabeça do European Council for Fatwa and Research, e o Sheikh Mohammad Sayyid al-Tantawi, o grande imam da Universidade do Cairo. Tais juristas, por exemplo, interpretaram as Forças de Coligação contra Saddam Hussein como uma ataque dos infiéis contra toda a umma muçulmana, mandantando todos os muçulmanos em conformidade com as regras da jihad. No Egipto, o Centro Islâmico de Pesquisa, em al-Azhar, colocou em circulação um comunicado, aprovado por Tantawi, enfatizando que a jihad era uma obrigação individual para cada muçulmano quando um inimigo luta numa terra islâmica, "porque, de outra maneira, a nossa nação muçulmana seria sujeita a nova invasão dos Cruzados atingindo a terra, a honra, as crenças".
Vivem mentalmente há 500 anos atrás?
Não, vivem há mil e quatrocentos.
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