Continua a crise no BCP. Seria mais correcto escrever - continua a indecência no BCP. O banco paladino do capitalismo português mostra a sua face. Mostra a face do capitalismo português. Não, isto não é capitalismo, isto é feudalismo e os portugueses não são povo. São ainda servos da gleba, caso contrário, já teriam "corrido" com este lixo que se amontoa há muitos millenium. Ontem, um amigo meu, perguntava-se como é que há pessoas que continuam a ter dinheiro depositado neste banco e conseguem dormir bem. É a anomia da servidão dos portugueses, respondi eu. Uma cidadania orgulhosa, personalizada e medianamente culta, teria já descapitalizado esta empresa de malfeitores. Uma corrida aos balcões deste banco precisa-se.
Durante os dois últimos anos, sob a batuta do Sócrates, e dos yuppies jornalistas económicos, e não só, os funcionários públicos foram execrados públicamente. Tornaram-nos os bodes expiatórios dos males pátrios ao mesmo tempo que se enaltecia o privado, o empresário, a economia de mercado, o choque tecnológico e demais balelas da propaganda. Tomem lá. É para aprenderem a ver de que lado vem o atraso de Portugal. Vem do lado de cima.
A economia de mercado não funciona com gatunos instituídos. E esta é a prata da casa, por muito populista que esta ideia possa parecer.
No comments:
Post a Comment