Saturday, January 19, 2008

A Difícil Vida dos Ecologistas Radicais



Henrique Monteiro, no Expresso de hoje, 19 de Janeiro de 2008, escreveu um curto mas certeiro artigo sobre os ecologistas. Parece que algumas pessoas começam a reparar nas falácias, e no oportunismo destes senhores. Welcome aboard gentlemen!

Transcrevo algumas passagens do artigo de opinião sem prejuízo de lhe alterar o sentido.

" O debate sobre a co-incineração foi um dos mais tristes que existiram em Portugal. (...). Que as populações, com mais ou menos informação, tenham reacções destas é compreensível. Que autarcas (e mesmo direcções de alguns partidos) os acompanhem é deveras preocupante, mas um país tem de estar preparado para ter políticos demagógicos. Porém, quando alguns ambientalistas - sempre os mais radicais na defesa da nossa qualidade de vida - preferem que os resíduos perigosos estejam abandonados a céu aberto a que sejam co-incinerados numa cimenteira cujos filtros melhoram o ambiente, é caso para perguntarmos a que se deve tão estranha posição.

Muitas vezes ( e é bom que se desfaçam certos mitos de que ninguém fala), a posição destes ambientalistas visa apenas preservar o seu próprio grupo e os seus rendimentos. Não digo que sejam todos iguais, ou todos oportunistas, mas gente assim não falta por aí. Para esses, o que está em causa é o célebre "estudo de impacto ambiental", porque esses estudos (bem pagos) são, as mais das vezes, feitos por pessoas ligadas aos próprios movimentos ambientalistas.

Estes movimentos, que já têm lugar nas comissões de acompanhamento de grandes obras (às quais têm por hábito faltar bastante), são os mesmos que nos impingiram passagens superiores para lobos, túneis para sapos, suspensões de enchimentos de barragens por causa de cegonhas e outras coisas ridículas, mas caríssimas. Curiosamente, raramente se houve qualquer proposta positiva. Apenas críticas. (...)

E ninguém os responsabiliza, porque não são eleitos, mas têm um enorme e acrítico tempo de antena (uma coisa de que a comunicação social é culpada).

É tempo de deixarmos de ser reféns desta espécie de chantagem politicamente correcta de que alguns "ecologistas" se aproveitam.

Se há muitos alertas ambientalistas que temos que agradecer e louvar, há igualmente inúmeros procedimentos destas associações que apenas têm por base interesses mesquinhos.

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