O sr. Malheiros acha que só não tem papéis quem não consegue ter papéis, quem não sabe como obtê-los, quem não pode, quem está na posição de maior fragilidade imaginável, os humilhados e ofendidos do mundo (sic).Só lhe faltou transcrever a letra da Internacional Socialista! A demagogia deste senhor é bastante maior que a largura do estreito de Gibraltar.
O sr. que é jornalista, deve saber melhor do que eu, que as travessias em barcos precários pagam-se bem, que é preciso ter contactos, fuga às autoridades locais nas praias ou portos dos países do embarque clandestino, etc. Portanto, aquela conversa piedosa dos desgraçadinhos inconscientes não cola, porque eles não chegam cá através de ataques de sonambulismo.
Para além disso, o sr. Vitor Malheiros não conhece (?) o Londonistão e a desgraçada da decadência britânica, as cidades árabes que existem em torno dos grandes centros urbanos europeus, porque senão, não nos vinha com a conversa de que a livre circulação é só para os ricos e ociosos europeus. Os atentados de Madrid, de Londres, os incêndios de Copenhaga na sequência da republicação dos famosos cartoons,o próprio 11 de Setembro aí estão para o provar. Mas o que interessa a realidade a estes tipos?
Relativamente ao apoio ao desenvolvimento dos países de origem, eu só pergunto, ainda mais!? Será a Europa uma vaca leiteira ou a Santa Casa? Sai do nosso bolso, caso ainda não tenha reparado e acaba a maior parte das vezes nas contas de tiranos assassinos ou de grupos terroristas como o Hamas. Mas isso também não o deve preocupar. Mas, mais uma vez, pode começar a dar o exemplo, e apoiar os pobres através das muitas ONG's que tratam dessas situações. Faça-o como eu.
E depois acaba lançando a bomba atómica da retórica - a intimidação. "A questão é simples, diz ele (só na cabeça dele é que é simples!). Se a Europa não servir para defender os direitos humanos não serve para nada (sic). Bem, isto então, é desonestidade pura e simples. O sr. Malheiro só vê os direitos humanos dos imigrantes. Os naturais europeus e migrados com papéis, pelos vistos são ociosos, ricos, técnicos especializados, empresários, que não devem ter direitos, por exclusão de partes. Não terão o direito os naturais europeus, a terem uma vida inserida numa sociedade que defenda os seus próprios valores culturais ancestrais? Não terão o direito a viver numa sociedade onde ilegais não vegetem pelas ruas tornando-se alvos fáceis para toda a espécie de oportunismo criminoso, ou cometar crimes para sobreviverem? Os naturais europeus não terão o direito a recusar a entrada nas suas fronteiras de quem quiserem? Não terão direito de expulsar quem se encontre em situação ilegal? Não? Se não, então vamos todos acampar para casa do sr. Malheiro e atirá-lo pela porta fora. Queremos acesso total ao seu frigorífico e à sua cama. Ele que durma no vão de escadas.
Já que fala em respeito pelos direitos humanos, o sr. Malheiros poderia dizer o mesmo (e com maior justificação) da Organização das Nações Unidas, mas estas devem servir melhor as suas causas ideológicas.
Resta observar uma última questão. Muitos dos imigrantes vêm fugidos de países em que a retórica ideológica dominante das classes opressoras é a retórica do sr. Malheiros. A maior parte dos regimes criminosos de África provêm de partidos e movimentos que lutavam contra a exploração do homem pelo homem e pelos direitos humanos (de alguns claro!). Está bem á vista o resultado de tais ideologias. Não são precisos exemplos pois não!? Esses regimes exploram tão bem como o sr. Malheiro faz, a culpa do homem branco.
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