Desde o primeiro post, em Novembro de 2008, que Neuromante tem seguido uma linha de denúncia, daquilo que Dick Taverne chama "a marcha acelerada do irracionalismo", onde, o mundo em geral e a Europa em partícular, se está afundar neste momento histórico da primeira década do séc XXI. Denúncio o eco-fundamentalismo, que cada vez mais, ocupa espaços do mainstream político, à manipulação informática global do aquecimento planetário, e obviamente a denúncia firme da islamização consentida pelos diversos gabinetes e ONGs das burocracias elitistas e multiculturalistas europeias. Para mim, esta crise económica global que o mundo agora atravessa, são as dores de parto desta nova sociedade bem fundeada no ecologismo radical, na pseudo-ciência e num relativismo sócio-cultural, que lançará, mais cedo ou mais tarde, a Europa numa irrelevância económica e geo-estratégica de consequências terminais para o(s) berço(s) da civilização ocidental.
Podemos verificar, desde já, todo um "mundo, todo um "imaginário" do séc. XX que se esvanece e extingue. A ficção científica e os brinquedos, são dois exemplos. Os meninos e as meninas já não possuem brinquedos analógicos, dotados de forma física, cheiros, cores, que se partam ou se rearrangem de maneira que a criança possa estabelecer novas relações entre os brinquedos desenvolvendo a imaginação e a inteligência. A brincadeira é comum e imprescendível a todos os mamíferos, especialmente jovens, e servem de aprendizagem de comportamentos e de relações entre o eu e o mundo. Mas, a nossas crianças agora têm as playstations e os magalhães. Talvez seja por coincidência ou por impressão minha, mas vejo os teenagers (possivelmente há excepções) que já cresceram com a informática por brinquedo, apresentarem sinais de tédio constante, serem parcos de imaginação e sobretudo, muito desinteressados de tudo, como se o mundo fosse tão real como um qualquer jogo virtual de uma qualquer consola eletrónica, a que já tivessem atingido o último nível do jogo e a partir daí, resta-lhes repetir os cheat codes, incessante e quotidianamente, arrastando-se sem mistério nem prazer para um final determinado, esperado e conhecido.
O potencial de controle e manipulação destes irracionalismos que se levantam, vão aproveitar e reconhecer nestas gerações jovens informatizadas, a sua completa despolitização senão mesmo alienação e infiltrar-se-ão que nem "manteiga em focinho de cão".
Como no "ovo da serpente", os primeiros passos para as distopias que muita ficção científica profetizou, estão a ser dados.
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