Sunday, January 20, 2008

Europa: A Bela Adormecida (1)

O radicalismo islâmico vem destruindo o ocidente, metodicamente, há, pelo menos, três décadas. Contudo, poucos cidadãos, têm esta percepção ou fingem não ter, e não ver. Porquê? Porque é que os jornais e os noticiários escondem a dimensão de tal ameaça? Porque é que as pessoas nas cidades europeias não se sentem confortáveis em discutir algo que esteja relacionado com a imigração islâmica, e que diz respeito imediato à maneira como vivem? As respostas a estas questões residem no multiculturalismo férreo que impregna e regula a mentalidades dos políticos, dos media e dos meios académicos europeus. A tal fenómeno, chamemos, de sistema multicultural, só para nos entendermos. Tal sistema exerce um enorme controle nas notícias e opiniões que vêm (ou não) a público. Trata-se portanto de ideológica filtração de ideias, realizado, nas redacções dos jornais e nos corredores da política europeia. Censura talvez!? De facto, o jornalismo político na Europa está inclinado, senão mesmo enviesado, em olhar os políticos europeus como pares, isto é, como colegas de uma elite educada que conjuntamente trabalham para manter os seus partilhados ideais sociais-democratas. Se os jornalistas americanos estão sempre, admiravelmente, prontos a "pintar" os políticos americanos como incompetentes e rascas, os jornalistas europeus estão sempre, admiravelmente, prontos a "pintar" os políticos europeus como nobres estadistas - a elite brilhante, nas palavras de Tony Judt.

1 comment:

SM Project said...

Muitas vezes fechamos os olhos a situações que nos são imediatas, mas que por trazerem ao de cima aquilo que não queremos encarar, são esquecidas e fechadas. Como que encerradas num baú, por se tratar de um assunto proibido, maldito e sobre o qual não nos devemos pronunciar com medo de que "aquilo-que-nós-sabemos" se concretize.

Vejo a situação da Europa um pouco assim. "Não falemos do perigo para não gerar alarmismos", e com esta mesma desculpa, para que evitemos, cobardemente, a realidade próxima.

Bons posts, Ana Margarida.