Nestas últimas semanas, a propósito dos acontecimentos "revolucionários" na rua árabe, temos ouvido e lido uma quantidade de disparates sobre o islão, as sociedades muçulmanas e sobre os muçulmanos, que no mínimo, podemos concluir, que a maior parte dos "fala-barato" e escribas, não faz a mais pálida ideia de que estão a prá alí a falar ou a escrever. E sobretudo no que se estão a meter. A este propósito, o ministro Amado dos Negócios Estrangeiros anda, nas últimas semanas, num frenezim tolo, na tentativa de que convencer a Europa a pagar as revoluções árabes, a ressuscitar o aborto da União Mediterrânica proposto há uma par de anos por Sarkozy, e a escancarar, se ainda mais for possível, as portas da Europa à imigração muçulmana. Percebemos que os acontecimentos "da outra margem" são uma benção para governo, pois servem para desviar a atenção da opinião pública, da Banca Rota Sócrates. Ainda assim, o Ministro Amado, vai mais longe no "assistêncialismo" aos árabes, no aprofundamento da Eurábia, e na destruição (por ingenuidade quero crer) da Europa, do que o radical alemão Joschka Fischer. Por tudo isto e muito mais, aconselho vivamente que leiam o livro da psiquiatra Wafa Sultan, que dá nome a este post.
Wafa, nascida na Síria, descreve a doente sociedade islâmica de uma maneira, que só o conhecimento adquirido de quem lá nasceu e sobreviveu, o pode fazer.
Deixo aqui alguns excertos:
" Em qualquer relação interpessoal, que um muçulmano conduz com um não-muçulmano, voluntariamente ou por necessidade, o muçulmano fica sempre na defensiva, preparado para o choque com elementos desconhecidos que esta relação lhe possa trazer. O muçulmano assume esta posição defensiva devido ao medo que sente do outro, e das suas dúvidas relativamente á pureza das suas intenções. Tal relação, independentemente de quão profunda ou firmemente estabelecida, nunca pode atingir o ponto a partir do qual permita ao muçulmano confiar no outro e gostar dele.
O muçulmano concordará em estabelecer tal relação numa das duas situações possíveis: promover os seus interesses ou prejudicar os interesses do outro. Quando essa relação se impõe sobre o muçulmano, ele vai mostrar a capacidade de esconder os seus sentimentos. Eu costumava-me envolver em autênticas batalhas verbais com alguns dos meus expatriados amigos muçulmanos aqui, especialmente com a suas atitudes contra os americanos e contra a cultura americana, e gostaria de ficar surpreendida pelas suas aterradoras opiniões, que revelavam ressentimento suficiente, para destruir, não só as torres do World Trade Center, mas toda a América. Mas se um dos meus conhecidos americanos aparecesse, enquanto eu estava na companhia de tal pessoa ressentida, numa fracção de segundo, ele, o muçulmano, tornar-se-ia mais americano do que o Abraham Lincon.
Num dia, eu conduzia a partir de La Jolla em S. Diego para Riverside com Amal, uma minha amiga iraquiana, que vivia neste país há não mais do que 3 anos. Ela e a sua família fugiram da repressão de Saddam Hussein sobre os xiitas no Sul, refugiando-se na Arábia Saudita onde não foram bem-vindos. Partiram dali, depois da embaixada americana ter respondido positivamente a seu pedido de imigração.
Na entrada da rua em direcção à casa dela, passámos por um homeless transuente. A minha amiga iraquiana olhou para mim e disse em tom de troça: "Olha para aquele pedinte. Esta é a América pela qual tú estás louca?"
Eu respondi-lhe: "Minha querida, tú realmente julgas que isto, é tudo que a América tem para oferecer?
Esta não foi a minha primeira diferença de opinião com Amal sobre as nossas atitudes para com a América e a sua cultura.
Amal trabalhava numa famosa companhia americana. Uma vez, numa festa em que fui convidada, eu conheci a chefe do departamento onde Amal trabalhava, uma senhora culta e refinada. Durante a nossa longa conversa, tocámos no tópico da imigração e nas dificuldades enfrentadas pelos imigrantes quando se mudam para um novo país, e fiquei surpreendida ao ouvi-la dizer: O que eu mais gosto em Amal é o seu amor por este país, a sua grande admiração pelos valores americanos, e a sua gratidão pelo que este país lhe deu". Eu assenti com a cabeça em concordância, enquanto uma voz dentro de mim murmurava: " Pobres americanos! Se vocês soubessem o que Amal pensa dos Estados Unidos, se vocês soubessem o quanto estão cavar as vossas próprias sepulturas com a vossa ingenuidade!"