Sunday, September 5, 2010

Hot Yellow Sea


A tensão politico-militar cresce visivelmente no Extremo Oriente. As ameaças, mais ou menos retóricas, do regime stalinista da Coreia do Norte estão longe de ser o principal foco de conflito. O maior perigo para a estabilidade daquela região e do mundo, vem mesmo da China Comunista que, deslumbrada com o seu crescimento económico, (tendo mesmo ultrapassado a economia do Japão), sente-se motivada a alargar os tentáculos.
Apesar do Mar Amarelo ser considerada uma zona de águas internacionais, a China não perde uma oportunidade de reinvidicar aquelas águas como suas. Para o Vietname o mar amerelo é fundamental e daí sentir-se pouco confortável com as pretensões oceânicas da tirania comunista chinesa. Em Agosto, os vietnamitas realizaram na zona manobras militares com o seu novo aliado: precisamente os Estados Unidos da América. A nomenclatura chinesa não perdeu tempo a condenar tais operações navais conjuntas. Os chineses sabem que podem assustar o seus vizinhos mais fracos, mas sabem também, e muito bem, que num confronto aberto com a marinha americana, a armada chinesa iria ao fundo num piscar de olhos. Por isso trataram de desenvolver um novo míssil capaz de afundar qualquer vaso de guerra, incluindo porta-aviões mesmo que este esteja fora de águas territorias chinesas. Este novo míssil está longe de ser um sistema meramente defensivo, pois pode atingir o Japão, ou em caso de crise com Taiwan, atingir a armada americana em águas da Formosa. Por outro lado, os chineses estão a construir uma marinha capaz de projectar o seu poder até ao Oceno Indico. Tendo a África actualmente na mão, a navegabilidade chinesa no Oceano Indíco é vital. Se juntarmos todos estes factos com a presença cada vez mais acintosa de submarinos chineses em águas territoriais japonesas, facilmente concluiremos que as águas daquela região vão num futuro próximo ficar bastante agitadas. O japoneses sabem-no melhor do que ninguém. Para além de se irem novamente rearmar, pela primeira vez desde a II Guerra Mundial vão realizar exercícios de desembarque nas suas ilhas do Oceano Pacífico. Just in case...
A corrida ao armamento no extremo-Oriente é um facto a ter em consideração. Enquanto isto acontece, vários países europeus declararam recentemente que vão cortar nas despesas militares.
Talvez em caso de guerra, os "pacifistas" europeus pensem que seja suficiente insultar os inimigos com palavrões para os vencer.

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