A imprensa diária portuguesa, saiu hoje com artigos generalistas sobre a alegada extrema direita que se senta a partir de hoje no Parlamento Europeu. São artigos genéricos e muito tendenciosos, em que misturam alhos com bugalhos. Artigos que pretendem demonstrar que posições políticas anti-islâmicas, são fascistas. Pergunto-me como partidos que combatem uma das formas mais virulentas de fascismo, o islamismo, podem ser considerados fascistas? De resto, sobre a extrema esquerda, que tem uma maior representação no mesmo Parlamento, nem uma palavra. E gostaria de recordar que a violência urbana que percorre a Europa, Atenas, Paris, Copenhaga, em cimeiras como a do G8, entre outras, são da responsabilidade da extrema esquerda europeia e dos seus aliados islâmicos. O jornal Público que diariamente dá voz, em colunas de opinião, a gente de extrema esquerda "bem pensante" não tem qualquer base moral para desqualificar, como fez, gente de posições políticas inversas. Se Geert Wilders, é considerado de extrema direita, então pelos mesmos critérios vagos e imprecisos poderíamos qualificar o jornal Público de extrema esquerda panfletária. A obrigação do bom jornalismo era entrevistar Geert Wilders, em vez de o insultar como extremista. Mas o jornal Público manipula os seus leitores ao mostrar unicamente opiniões da escola multiculturalista, como as do Maalouf e do insidioso Timothy Garton Ash e a sua "construtive accommodation" com a lei islâmica. Mas neuromante, faz o trabalho por eles.
Hoje, deixo aqui excertos de uma entrevista de Geert Wilders ao jornal holandês De Volkskrant (VK) para os meus leitores poderem avaliar por si mesmo.
VK: Van der Laan era favorável ao registo criminal étnico, mas aparentemente desistiu da ideia, agora que o PVV (partido de Geert) se tornou um grande partido. Van der Laan, perguntou-se se deviam montar uma base de dados electrónica para um possível abuso mais tarde.
Wilders: Puro medo político. Nós não precisamos do PvdA (socialistas) para isso. Se nós governarmos a Holanda e se pretendermos um tal registo, simplesmente o montaremos.
VK: No seu discurso de 14 de Junho na Dinamarca, acerca de expulsar milhares de muçulmanos da Europa, foi uma lapso de linguagem?
Wilders: Não.
VK: Foi no mínimo falta de geito. Mesmo o jornal De Telegraaf num comentário utilizou a expressão "malicioso".
Wilders: Posso oferecer uma contexto mais lato para essa afirmação. Eu não apontei só os criminosos muçulmanos. Tenho afirmado frequentemente, que sou favorável a contratos de assimilação. Em tal contrato, todos os imigrantes não ocidentais, com dupla nacionalidade ou com autorização de residência, devem assumir igualdade de direitos entre homem e mulher, rejeitar violência contra os homosexuais, rejeitarem a sharia. Quem se recusar a assinar o contrato não estará qualificado para viver aqui. O Islão é 90% de ideologia totalitária e 10% de religião. Se estendermos esses contratos a toda a Europa, milhões de muçulmanos irão embora.
VK: Segundo uma recente sondagem, muitos jovens muçulmanos querem deixar a Holanda.
Wilders: São óptimas notícias. Nós vivemos num país livre. Então vão, se não gostarem da Holanda.
VK: O Secretário de Estado Timmermans (socialista) chamou-o de indecente.
Wilders: Os socialistas continuam a jogar a carta da superioridade moral. Eu simplesmente lhe quero dizer, que o meu partido é muito melhor do que o dele. Ele faz tais afirmações só para não alienar o voto muçulmano. Mas estes são precisamente o tipo de Sharia Socialistas (SS) responsáveis pelo crescimento do muticulturalismo-de-estado. Agora não conseguem lutar contra as injustiças que o multiculturalismo trouxe: a precária posição das mulheres, dos ateus e dos homosexuais. Nós estamos a fazer o trabalho deles e a resolver os problemas que eles criaram. Antes de me insultarem, deviam antes era perguntarem-se, porque é que nós somos o número 1 no web site dos Gay Krant (revista gay)? Porque os homosexuais diariamente têm que lidar com as consequências da islamização. Eles veêm os socialistas chegar em carros de luxo com choffeur e guardas costas, completamente imunes aos efeitos da islamização. As pessoas que vivem vidas reais, têm problemas completamente diferentes. Não querem que a "elite" force a intolerância da outra Holanda.
VK: Outras das críticas recorrentes é a de que o PVV não é democrático. O PVV é um partido de um homem só, que levantas dúvidas quanto ao seu financiamento.
Wilders: Não partilho da ideia que um partido só é democrático se tiver militantes. Não acredito nas velhas estruturas partidárias, onde primeiro temos que polir os automóveis do chefe partidário local durante 20 anos, antes de assumir uma posição de relevo no partido. Isto conduz à prostituição política. Relativamente ao financiamento, obedeço ás regras e estou completamente dentro da lei. Podem escrever centenas de artigos acerca disso que eu não estou de todo interessado.
VK: É um risco a um partido com militantes de perder o controlo?
Wilders: Sim, e renderem o controlo para as pessoas erradas. O que aconteceu com o LPF ensinou-me a lição (o LPF era o partido de Pim Fortuyn no parlamento que acabou em guerras internas e dissolução, devido à ausência de liderança e á grande pressão, perseguido pelos media do mainstream e pela velha política - tradutor). Nós somos um grupo fechado e eu recruto os cidadãos pessoalmente. Vamos precisar de uma lista substancial para as eleições de 2011.
VK: Quantos assentos no parlamento esperam?
Wilders: Cerca de 30, que é o número que nos dão as sondagens. Podem ser menos, mas também podem ser 10 mais.