Tuesday, September 29, 2009

Filipe Duarte Santos, O Solipsista.


A propósito do filme a Era da Estupidez, o sr. Dr. Filipe Duarte Santos, Prof. de Física da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e “especialista” das alterações climáticas deixou fugir o pé para o “chinelo pós-moderno” no programa Sociedade Civil da RTP2 que foi para o ar no dia 22 de Setembro. O programa pode ser visto na íntegra no blog Mitos Climáticos.
O painel era também constituído pelo Engenheiro Rui Moura, Engenheiro Electrotécnico, com mestrado em Meteorologia, responsável pelo referido blog, entre outros professores doutores.
O Sr. Dr. Filipe Duarte Santos, que dirige a Comissão para as Alterações Climáticas, depois de expor a litania do aquecimento global, que qualquer bom aluno do 8º ano de escolaridade desmonta com facilidade, referiu, sem se dar conta da confissão e da contradição em que incorreu, referiu, que o discurso científico não é mais do que “um discurso social, entre outros”! Ficamos portanto a saber que o Alto Responsável Para As Alterações Climáticas Portuguesas, considera que a ciência não é mais do que um “mito”, uma “narrativa” ou uma “construção social” entre muitas outras.
Este relativismo cognitivo nega que exista um mundo exterior à nossa consciência, cujas propriedades são independentes dos indivíduos e mesmo da própria humanidade. Portanto para este físico, a “realidade física” tal como a realidade social é fundamentalmente uma construção linguística e social. Não tardará para que Filipe Duarte Santos, em qualquer concílio do aquecimento global, admita que o π de Euclides e o G de Newton, até agora consideradas constantes universais, sejam entendidas na sua inelutável historicidade.
Com efeito, não restam dúvidas de que “a atitude filosófica” relativista demonstrada por Filipe Duarte Santos está em contradição com a ideia que os cientistas têm da sua própria prática. Enquanto estes procuram obter, da melhor forma possível, um conhecimento objectivo do mundo, os relativistas respondem-lhes dizendo resumidamente que estão a perder tempo e que uma tal tarefa é, em princípio uma ilusão. Se por um lado FDS concretiza este desígnio filosófico relativista, pela adopção religiosa da narrativa político-social da responsabilidade humana pelo aquecimento global, desfasada e em completo arrepio de todas as evidências científicas, a sua cruzada contra o aquecimento, por seu lado, parece-me uma imensa perda de tempo e de recursos, dado o carácter ilusório da realidade que decorre deste relativismo epistémico, uma vez que este sustenta que a validade de uma afirmação é relativa a um indivíduo e/ou a um grupo social.
Portanto, poderemos concluir que apesar do carácter solipsista de FLS, tudo se resume a ganhar mais uns cobres ao fim do mês, porque a conta bancária, essa, de modo algum é uma ilusão.

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