A diferença social mais crítica entre cristãos e muçulmanos consistia na taxa de escolaridade. Os cristãos valorizavam a educação. O analfabetismo no mundo muçulmano grassava. A falta de literacia e duma educação moderna no mundo muçulmano é ainda hoje aflitiva. Como consequência, no Líbano, os muçulmanos eram geralmente mais pobres do que os cristãos. Pelo contrário, a taxa de reprodução nos muçulmanos era bastante maior. Os cristãos só podiam casar com uma mulher. Os muçulmanos podiam casar com 4 mulheres ao mesmo tempo. Qualquer casamento pela Igreja era considerado indissolúvel até á morte de um elemento do casal. Para os muçulmanos se divorciarem basta proferirem 3 vezes, “Estás divorciada, estás divorciada, estás divorciada”, e pronto! Uma quinta, sexta, sétima, oitava…. esposa segue-se na lista... e mais e mais filhos.
Estas alterações demográficas criaram grande pressão política para modificar a estrutura do governo no sentido de rever o Pacto Nacional Libanês de 1943, que regulava a representação das diferrentes comunidades nos governos. Quandos os muçulmanos atingiram a maioria da população começaram a exigir mais poder no executivo. Os cristãos insistiam que a presidência permanecesse em mãos cristãs. O impasse prolongou-se por alguns anos, mas ninguém nas comunidades cristãs imaginava que os seus vizinhos muçulmanos os iriam chacinar num futuro próximo. O problema tornou-se mais complicado quando o Líbano, em 1968, aceitou receber a segunda vaga de refugiados palestinianos. A primeira vaga chegou ao Líbano em 1948 e 1949, quando Israel declarou a sua independência, e no minuto seguinte cinco exércitos de árabes combinados o invadiram. A segunda vaga, chegou depois da Guerra dos Seis Dias em 1967. Os árabes colocaram os seus exércitos em prontidão de ataque para fazer desaparecer Israel do mapa. Os palestinianos saíram para o Líbano e Jordãnia, convencidos que poderiam voltar após a derrota de Israel. Os árabes levaram um "banho" militar, e tantos os jordanos como os libaneses ficaram com o problema dos palestinianos refugiados na mão. Rapidamente a OLP desestabilizou a Jordânia, constituindo-se como um Estado dentro do Estado. O rei Hussein pôs o seu exército em acção e correu com a OLP de Yasser Arafat, num tumulto de sangue que ficou conhecido como o Setembro Negro. Nessa altura, muitos guerrelheiros palestinianos foram-se proteger junto das tropas israelistas da fúria assassina dos jordanos.
Estas alterações demográficas criaram grande pressão política para modificar a estrutura do governo no sentido de rever o Pacto Nacional Libanês de 1943, que regulava a representação das diferrentes comunidades nos governos. Quandos os muçulmanos atingiram a maioria da população começaram a exigir mais poder no executivo. Os cristãos insistiam que a presidência permanecesse em mãos cristãs. O impasse prolongou-se por alguns anos, mas ninguém nas comunidades cristãs imaginava que os seus vizinhos muçulmanos os iriam chacinar num futuro próximo. O problema tornou-se mais complicado quando o Líbano, em 1968, aceitou receber a segunda vaga de refugiados palestinianos. A primeira vaga chegou ao Líbano em 1948 e 1949, quando Israel declarou a sua independência, e no minuto seguinte cinco exércitos de árabes combinados o invadiram. A segunda vaga, chegou depois da Guerra dos Seis Dias em 1967. Os árabes colocaram os seus exércitos em prontidão de ataque para fazer desaparecer Israel do mapa. Os palestinianos saíram para o Líbano e Jordãnia, convencidos que poderiam voltar após a derrota de Israel. Os árabes levaram um "banho" militar, e tantos os jordanos como os libaneses ficaram com o problema dos palestinianos refugiados na mão. Rapidamente a OLP desestabilizou a Jordânia, constituindo-se como um Estado dentro do Estado. O rei Hussein pôs o seu exército em acção e correu com a OLP de Yasser Arafat, num tumulto de sangue que ficou conhecido como o Setembro Negro. Nessa altura, muitos guerrelheiros palestinianos foram-se proteger junto das tropas israelistas da fúria assassina dos jordanos.
Mais uma vez, foi o Líbano que recebeu os palestinianos do Setembro Negro, e teve como consequência um ainda maior desiquílibrio na balança demográfica para o lado dos muçulmanos.
A "missão" palestiniana para "libertar a palestina" de Israel foi sempre suportada pelo nacionalismo pan árabe e mais tarde fundido com o fervor islamista (jihad) no sentido de colocar os muçulmanos libaneses activamente do seu lado. Para poderem atacar Israel a partir do Líbano a OLP tinha que se desembaraçar do governo Libanês. Sabendo que os muçulmanos estavam em maioria, Arafat e seus guerrilheiros começaram a explorar ódios, ressentimentos e rivalidades antigos que permaneciam contidos sob a epiderme da sociedade. É exactamente o que os radicais islâmicos fazem hoje nas mesquitas da Europa. Aprofundar as frustações muçulmanas contra a Europa, apelando ao fervor da guerra santa contra nós.
(continua)
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