Ou é da minha vista ou há qualquer coisa que não bate certo nem no texto, nem na foto que acompanha o artigo de José Pedro Castanheira sobre o "Português da Al-Qaeda", publicado na edição do Expresso deste fim de semana. Que se saiba a Al-Qaeda é uma organização terrorista, ou não é? Não me lembro de ver elementos dos Baader-Meinhoff ou da Eta a passearem-se livremente a convite de autores de livros que ainda por cima ajudaram a corrigir. Mas a este Senhor, ainda por cima um operacional com pena de prisão "parcialmente cumprida" ( seja lá o que isto quer dizer) por ter participado num atentado, só falta dar umas conferências ensinando talvez o Ocidente a comportar-se, já que os nossos políticos,de acordo com a sua sábia opinião: " ou são estupidos ou ignorantes". Certo, vamos anotar. Se os nossos políticos são estúpidos o problema é nosso, não deles. Mas acontece que neste Ocidente de "estúpidos e ignorantes" ainda não comecámos a enterrar mulheres até à cintura para depois as apedrejar, nem a chicoteá-las por vestirem calças, nem a atirar-lhes com ácido para cima, nem nos começámos a fazer explodir, nem atirámos aviões contra arranha céus. E, mais importante ainda, temos os nossos escritores, os nossos poetas, a nossa música, a nossa cultura e, por enquanto as nossas liberdades. Uma riqueza que os muçulmanos não têm e jamais haverão de ter. A começar pela liberdade.
Este terrorista islâmico, crente de uma religião de pedófilos, não devia ter o direito de abraçar Fernando Pessoa, nem sequer devia ter o direito de se passear por aí lvremente. Se isto é uma estratégia de marketing para escritores menores, só passa porque andamos todos cegos. E infelizmente já nem os ditados populares valem o que valiam, porque em terra de cegos quem tem um olho já não é rei.
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