Monday, November 9, 2009

A Indústria do: "Porque É Que Eles Nos Odeiam?"

O livro mais lido no mundo muçulmano é o Corão. O segundo mais lido é o Mein Kampf do Hitler.

Depois do 11 de Setembro, as análises dos media e das agências governamentais frequentemente colocavam a questão (auto acusatória) da causa de tão profunda animosidade dos muçulmanos para com o Ocidente em geral e para com os EUA em particular. A esmagadora maioria dos "entendidos" no assunto achavam e ainda hoje acham , que eles nos odeiam por qualquer coisa que nós lhes fizemos. O tarado sexual do Bill Clinton chegou mesmo a dizer que o 11 de setembro era o resultado das cruzadas dos reis cristãos europeus, há largas centenas de anos atrás. A sério, não estou a inventar!

Ninguém consegue concordar, no que exactamente teriamos feito, para que eles incinerassem cerca de 3 000 pessoas nas torres gémeas, mais umas centenas em Madrid e mais umas dezenas em Londres, mas existe contudo uma notável unanimidade com a ideia de que, de uma qualquer maneira nós somos os responsáveis por tamanho ódio, e somos nós portanto que teremos o poder de os levar a acabar com tal horrível sentimento e a fazer com que desatem a gostar imensamente de nós.

Uma das sugestões mais comuns dos analistas mais básicos, é de que o ódio resulta do poder da política externa americana e pela maneira como se impõem ao Islão defendendo o Estado de Israel, querendo exportar a democracia para o Iraque e Afeganistão e pelas alianças americanas com autocratas como o Hosni Mubarak, e Pervez de Musharraf, entre outros. Os mais elevados intelectuais apontam ainda o dedo á hegemonia cultural do Ocidente que espalhou a sub cultura degenerada da Madonna, dos McDonalds nas mentes, costumes e tradições tão adoravelmente islâmicas. Portanto, segundo a explicação intelectual da "raiva da rua árabe", os "oprimidos islâmicos" espetaram com aviões a jacto cheios de passageiros contra edifícios em Nova Iorque porque decididamente não gostam do estilo de vida da Britney Spears.

Há uma terceira corrente de análise que observa que os islâmicos nos odeiam simplesmente porque ninguém os ensinou a gostar de nós e portanto eles não sabem como nos amar. Os tipos foram condicionados a odiar-nos, pelos sinistros pregadores radicais anti-ocidentais. Daqui até que as tropas da NATO se transformassem em autênticas empresas de construção civil no Iraque e no Afeganistão, foi um "minuto Nova Iorquino". Para ganhar os corações e a mentes muçulmanas construiram-se escolas, estradas, hospitais e ainda se distribuiram drops, caramelos e chicletes pelas criancinhas.

Todas estas explicações assumem que eles nos odeiam por qualquer coisa que nós controlamos e que se lhes mostrarmos que não somos anti-islâmicos, ao contrário do que afirmam os imams radicais, e que se formos os uns gajos bestiais, humanitários, generosos e simpáticos e polidos eles verão imediatamente que nos podem deixar de odiar. Os nossos jornais e a nossa política está toda ela cheia desta milagreira "boa-vontade".

Só que algo falta nestas considerações que os politicamente correctos multiculturalistas na sua imensa cegueira e estupidez nem lhes passa pela cabeça avaliar. E se nós nada podermos fazer para lhe modificar o conjunto de ideias e preconceitos pelas quais eles nos odeiam? Eles odeiam -nos porque tem as razões deles, as quais nada têm haver com o que lhes fizémos ou não. Todas as análises e as predisposições da indústria do "Porque é que eles nos odeiam?" falham na muito real possibilidade de que o ódio deles tem razões que não podem ser resolvidas pelas nossas próprias acções. Isto é uma perspectiva incómoda porque implica que eles não nos vão deixar de odiar não importe o que façamos ou não. A possibilidade não examinada é de que eles nos odeiam por razões intrínsecas ao seu código civilizacional, que "desenham" claramente nas suas mentes a diferença radical entre aquilo que nós somos e aquilo que eles são.

O fundador da Irmandade Muçulmana é o exemplo acabado da expressão moderna desse sistema de valores civilizacionais imbebidos no Corão e na manifesta assumpção da supremacia dos muçulmanos relativamente a todos os outros seres humanos.

Continua.

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