Eric Shih, um jovem activista da Chinese Progressive Association em S.Francisco, teria comentado acerca duma notícia que acabava de ler, que se sentia como se não tivesse tomado as suas "pílulas para a loucura". Infelizmente, suspeito que Shih, está longe de ser o único a sentir que "pílulas da loucura" são necessárias para aceitar a realidade que nos é apresentada diariamente, nos jornais e na televisão. Desde o aquecimento global até ao apaziguamento do fascismo islâmico, da corrupção evidente e galopante à erosão rápida da democracia nos países ocidentais.
Este blogue é para aqueles que não vivem sob a influência das oficialmente prescritas "crazy pills", ou para aqueles que estão desesperadamente a tentar livrar-se delas. No meio dum mundo demencial, onde a maioria (e as minorias ainda mais) parece tomada pela loucura, torna-se ainda mais dificil explicar o que é a loucura e como se manifesta. Por isso escrevo, como forma de tornar a loucura visível.
Este blogue é para aqueles que não vivem sob a influência das oficialmente prescritas "crazy pills", ou para aqueles que estão desesperadamente a tentar livrar-se delas. No meio dum mundo demencial, onde a maioria (e as minorias ainda mais) parece tomada pela loucura, torna-se ainda mais dificil explicar o que é a loucura e como se manifesta. Por isso escrevo, como forma de tornar a loucura visível.
A este propósito vem o artigo de opinião de Alexandra Lucas Coelho, no Público de Sexta-Feira, dia 26 de Fevereiro, intitulado "As Famílias Verdadeiras", que pelo seu conteúdo, digamos, reaccionário, talvez seja o artigo de opinião mais fascista e arrogante que eu tenho lido desde o 25 de Abril.
Antes de mais quero aqui deixar bem claro que concordo que as minorias sexuais, gays e lésbicas, devem poder legalmente casarem-se e não serem, a qualquer título descriminados, pelas suas opções de vida.
Alexandra Coelho começa assim a sua prosa: "Há algo de fascista em ir para a rua lutar não pelos nossos direitos, mas contra o direito dos outros".
Parece-me que a democracia, institui o direito da livre expressão, da contestação e da manifestação. Tenho o direito em democracia de me manisfestar, quer seja por coisas sérias, ou não. Quer seja pelos meus direitos, quer seja por direitos alheios. Quando os professores se manifestaram contra a avaliação, estavam também a manifestar-se contra o direito que o governo tinha em realizar uma reforma no ensino, por rasca que ela fosse. Aqueles que se manifestaram contra o casamento gay, têm o direito a ter uma visão da sociedade que veja no casamento gay um atentado a um tipo de sociedade que eles estimam ou acham justa. Não concordo com eles, mas têm o direito em se manifestar. Doa a quem doer. E pelos vistos à mentalidade floribélica da Alexandra dói muito.
E continua a fascista-anti-fascista entusiamada: "(...família verdadeira? PNR? Acção Nacional? Bandeiras negras? Não soa a nada? Esqueceram-se de como Hitler tratou do assunto?" etc...
Bem aqui a senhora, mostrou, ou que é burra que nem um testo e não percebe nada do que foi o nazismo, ou inverte deliberadamente os valores e a História para que coincidem com a sua bravata argumentativa.
De facto não nos esquecemos do nazismo. O que os nazis fizeram aos homossexuais é o que os muçulmanos actualmente fazem. Por isso este blog diariamente luta contra o Islão homofóbico, anti-semita e misógino, e esta senhora jornalista bastas vezes se mostrou "deitar-se bem" com os muçulmanos, assim entendidos. Este blog é anti-fascista e anti-nazi e anti-islâmico que são formas muito semelhantes de totalitarismo.
Depois os nazis pouco ligavam à familía tradicional. A defesa deste conceito de família é sobretudo defendido pelos autoritarismos de influência católica, como os da Peninsula Ibérica e Sul americanos. Os nazis neste aspecto viam a mulher mais como um útero reprodutor da raça ariana que iria conquistar o mundo. Tal como o útero das mulheres muçulmanas... A função destas na História do Islão é basicamente de reprodução intensa para que a balança demográfica caia para o lado dos maomés. Já no século vinte vimos isso acontecer no Kosovo, no Líbano e vai acontecer na Europa. Também neste campo as opiniões de Alexandra estão bem mais perto das práticas reprodutivas islâmicas e nazis.
Depois comparou os "pais extremosos com os filhos ás cavalitas" com os nazis. E diz que os manifestantes estavam a fazer mal apesar de estarem convencidos do contrário. O que se depreende que sendo piores que os nazis (nas palavras dela) deviam ser reprimidos e não ter direito a manifestação. Mas parece-me também e novamente, que os heterosexuais são a grande maioria, portanto negar o direito da maioria em se manifestar, nada tem de democrático. Que raça de democracia é esta em que as minorias têm mais direitos do que as maiorias? Mais uma vez Alexandra aproxima-se dos totalitarismos.
Claro que as famílias não têm o direito de nos dizer como a realidade deve ser. Neste caso concordo com ela. Mas a Alexandra também não tem o direito de dizer aquelas famílias como a realidade é, nem os gays que pretenderam boicotar a manifestação comportando-se como paneleiros, não tendo sido dito uma única palavra deste comportamento anti-democrático daquelas pessoas.
De escrita descontrolada, Alexandra atira para cima o estafadinho "make love not war" relacionando, como uma qualquer "Jesus Freak", aquele slogan hippie com o Cristianismo.
E finaliza em grande: "Sim creiam, os homossexuais vão casar (já podem, digo eu) e ter filhos, é o futuro". Bem aqui Alexandra atirou-se pelo Star Gate da ficção científica dentro. Eles(as) bem que podem tentar fazer filhos, mas a não ser que a Engenharia Genética trate do assunto, o que lhes resta é a adopção.
Mas neste caso, a história vai ser outra.