Sunday, October 25, 2009

A Rapariga Do Tambor (2)


Porque não gosto de afirmar sem demonstrar ou exemplificar, aqui vai uma história de uma (das muitas) falcatrua jornalística proveniente de Jerusalém, ambiente que Alexandra bem conhece.

Num fim de tarde do dia 30 de Setembro de 2000, Charles Enderlin, o correspondente em Jerusalém do canal estatal francês France2, relatou a morte de um rapaz palestiniano de 12 anos, que alegadamente teria sido morto em Gaza pelas tropas israelitas durante uma troca de tiros com guerrelheiros palestinianos. Enquanto os espectadores na Europa viam um filme de 52 segundos em que o referido rapaz e o seu pai se encolhiam aterrorizados atrás de uma barreira, Enderlin explicava que o jovem, Mohammed al-Dura morreu devido ao fogo israelita. Este filme passou a representar a barbárie israelita, o rapaz tornou-se um mártir símbolo do martírio palestiniano e toda esta patranha correu mundo. Um tal Talal Abu Rahmed, um camera-man freelancer que filmou o incidente, testemunharia mais tarde que o rapaz foi "intencionalmente morto a sangue frio pelo IDF", as forças de defesa israelitas. A coisa foi tão bem montada que as próprias forças israelitas pediram desculpa e abriram processos.

Em 2004, foi permitido a 3 repórteres verem o filme completo, que possuía a duração de 27 minutos e não só os 52 segundos transmitidos para o mundo, ficando abismados quando descobriram que o pai e filho não eram nada mais nada menos do que 2 actores que encenaram ali uma morte dolorosa. Compararam então o filme de Talal com outro filme realizado no mesmo dia, há mesma hora e no mesmo lugar e não havia ali qualquer agonia de pai e filho e qualquer bárbaro assassínio. Portanto o filme que a France2 mostrou ao mundo era um farsa.

Estes 3 jornalistas que visionaram os 2 filmes, o verdadeiro e o falso, sem se incomodarem se iriam ser bestas ou não, escolheram a verdade e difundiram-a.

Quando publicaram a descoberta de tal farsa, estes 3 jornalistas e vários bloggers foram postos em tribunal por Enderlin e France2, com a cusação de difamação. Philippe Karsenty foi condenado pelo tribunal que o deu como culpado. A lavagem jihadista tinha triunfado bem como a complicidade dos jornalistas e da cadeia de televisão em causa.

Mais tarde Karsenty apelou para instâncias superiores. Desta vez o tribunal exigiu ver os filmes em questão e a manipulação tornou-se pública. A France 2 ficou em maus lençóis. Karsenty foi ilibado e quando entrevistado afirmou, que "todo o cidadão francês deveria-se queixar face a este insulto contra a nossa inteligência". De facto quase ninguém se queixou porque a lavagem ao cérebro nas sociedades ocidentais pelos meios de comunicação e seus jornalistas sem escrúpulos, funciona.
O mais preocupante da questão, é que posteriormente se provou que a maioria dos jornalistas ocidentais acreditados no médio oriente e não só, sabiam que aquele filme era pura e simplesmente mentira e uma grande manipulação da opinião pública mundial.

Quanto ao limbo extrajudicial a que a jovem jornalista referiu, percebemos que exibe as mesmas pulsões pela quais a France2 processou os jornalistas que desmontaram aquele objecto de propaganda, aquele travesti de informação. Ficará, na publicação das "Más-Verdades" que "devem" ser punidas. A liberdade de expressão é confundida por Alexandra com crime. Crime de Pensamento só pode ser! Todos aqueles que desafiam a litania multicultural estabelecida são apelidados de criminosos, cobardes, racistas (expressão que já perdeu significado de tão abusivamente ser utilizada pela esquerda festiva) e sobretudo deveriam ser julgados. De facto há aqui algum de comum com os islâmicos...

Sim Alexandra, tem razão a maioria deles são umas bestas. E também se vê que possui uma visão errada do jornalismo . A questão não está em contar ou não o que acontece, contar mais ou menos. A QUESTÃO ESTÁ EM CONTAR A VERDADE.

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