Sunday, October 25, 2009

A Rapariga do Tambor(1)


Decididamente simpatizo com as crónicas dominicais com que a jovem jornalista Alexandra Coelho nos maravilha semanalmente. Hoje, em tom simultaneamente choroso e furioso, discorre sobre a profissão de jornalista. "Bestas" para começar, porque ou noticiam por excesso ou por defeito. Têm as costas largas e coisas do género. Talvez fosse mais correcto a Alexandra achar que a maioria das vezes têm as vistas estreitas. Mais lá para o fim da homilia, mostra um pouco do seu génio judicialista e censor, muito comum aos jornalistas de esquerda politicamente comprometidos, cujos tiques autoritários se revelam assim que alguém tem a coragem de apresentar opiniões, argumentos, factos e afetos, que vão contra os dogmas politicamente correctos da "inteligência ao serviço de causas". Sei que bem do que falo porque possuo licenciatura na área da comunicação social e bem sei o que a "casa gasta". A esmagadora maioria dos professores são da esquerda folclórica floribélica multiculturalista relativista. Os restantes limitam-se a ser de esquerda. Qualquer o aluno que mostre não pertencer a este clone-formigueiro ideológico tem a vida estudantil e depois profissional, muito mais dificultada.

Claro que existem jornalistas não tendenciosos (que eu bem admiro) e que mostram ter os olhos bem abertos para o controle político e manipulação vinda da maioria das redacções dos meios de comunicação "ao serviço de causas". Conheço uma série de jornalistas que estão bem conscientes, por exemplo, das intenções do Islão em subverter a matriz judaico-cristã da Europa.

Mas a maioria dos jornalistas e dos media mainstream quando se trata de reportagens que envolvem o Islão, mostram-se tendenciosos e selectivos distinguindo-se pela autocensura em toda a extensão.

Infelizmente é nesta linha que Alexandra se encaixa.

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